A COP 30 (06/11) virou palco de uma ofensiva verde com cifras bilionárias. A Noruega prometeu investir US$ 3 bilhões em dez anos no Fundo de Florestas Tropicais Para Sempre, principal aposta do Brasil no evento. A França também entrou no jogo, com uma contribuição única de US$ 500 milhões.
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Fundo pode render até US$ 125 bi para quem mantém floresta em pé
Os dois países se juntam a Indonésia, Portugal e Brasil, que já haviam confirmado aportes. A iniciativa mira recompensar financeiramente as nações que mantêm suas florestas tropicais com desmatamento abaixo de 0,5%. Segundo o governo brasileiro, até 73 países em desenvolvimento poderão receber uma fatia dos rendimentos.
Durante a plenária de líderes, o presidente Lula serviu almoço para países do bloco verde — entre eles Noruega, Alemanha, Emirados Árabes e França — e aproveitou para pedir o apoio de bancos multilaterais, como o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e o Banco Africano.
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Belém vira vitrine climática
A estratégia brasileira é clara: mostrar que preservar pode ser tão rentável quanto explorar. Se atingir a meta de US$ 125 bilhões, o fundo se tornará o maior mecanismo de incentivo à conservação florestal já criado.
Com discursos embalados por promessas de cooperação e capital, Belém virou o centro das atenções climáticas — e um lembrete de que o futuro do planeta pode (e deve) começar pela Amazônia.
