A produção brasileira “O Agente Secreto”, dirigida por Kleber Mendonça Filho e estrelada por Wagner Moura, estreou como a maior abertura de um filme nacional de 2025. O filme, que chegou aos cinemas em 6 de novembro de 2025, já acumulou cerca de 274 mil espectadores e aproximadamente R$ 6,6 milhões.
Segundo o Metro1, dados do Comscore, o lançamento foi exibido em mais de 700 cinemas, em 1.403 salas no Brasil. “Predador: Terras Selvagens”, filme de Hollywood, ficou em segundo lugar, assistido por 242 mil pessoas e arrecadando R$ 5,7 milhões.
Foco internacional e premiações
“O Agente Secreto” foi selecionado para representar o Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2026. O longa já garantiu alguns prêmios para o país, como o Festival de Cannes, com premiação de Melhor Diretor para Kleber Mendonça Filho e de Melhor Ator para Wagner Moura.
Em sessão em Cannes, o filme recebeu palmas de pé dos convidados que duraram cerca de 13 minutos. O Agente Secreto é o terceiro filme de Mendonça Filho a estrear na competição de Cannes, após Aquário, em 2016, e Bacurau, ganhador do Prêmio do Júri em 2019.
O Agente Secreto
O filme é ambientado em Recife no Carnaval de 1977. Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia retorna à sua cidade natal após anos afastado. Ao tentar recomeçar, ele se vê envolvido em mistérios do passado e perigos ocultos, e descobre que nem tudo que deixou para trás ficou no passado.
O longa mistura suspense, drama e espionagem, enquanto a cidade e o Carnaval funcionam como pano de fundo para uma reflexão sobre memória, vigilância e a complexidade das relações humanas.
Grande parte do filme foi gravada em Recife, com algumas cenas em São Paulo, recriando ruas, cinemas antigos e a arquitetura da cidade para dar a sensação de anos 70. Algumas cenas foram inspiradas em fatos, como a sequência chocante de um tubarão com uma perna humana no estômago.
Na primeira semana de novembro o diretor Kleber Mendonça Filho e entrevista para o Diário de Notícias, definiu a obra como uma “fábula política”, mas sim, uma recordação viva de uma época.
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Bastidores
Segundo o The Hollywood Reporter, a plataforma MUBI adquiriu os direitos de exibição para América Latina (exceto Brasil), Índia e Reino Unido, enquanto a distribuidora NEON cuida da América do Norte.
A Mubi divulgará em breve os planos de lançamento para os diversos territórios. O acordo foi fechado com a MK2, que está cuidando das vendas internacionais do filme.
Durante o Festival de Cannes 2025, a MUBI se destacou ao adquirir direitos de pelo menos nove dos 22 filmes da competição. Outros exemplos de aquisições da MUBI em Cannes 2025 incluem Die, My Love (US$ 24 milhões, múltiplos territórios), A História do Som (América do Norte) e Sound of Falling (América do Norte, Reino Unido-Irlanda, Turquia, Índia).
O filme faz parte de uma coprodução internacional envolvendo Brasil, França, Alemanha e Holanda, com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
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