A formação de ciclones extratropicais, como a que atingiu o Centro-Sul do Brasil na semana passada, incluindo o tornado no Paraná, deve se tornar frequente durante o mês de novembro. Dessa forma, os casacos e cobertores devem ficar para fora dos armários por mais tempo, visto a maior chance de frentes frias e temperaturas mais baixas até o início de dezembro.
Além do ciclone formado durante a semana passada, mais três são esperados neste mês: o primeiro, que deve ocorrer no dia 16 de novembro, e o segundo, em 19 de novembro, ambos no Atlântico Sul. O terceiro não possui data específica, mas deve passar pelo final do mês. As informações são do O Tempo.
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Os efeitos trarão uma frente fria nos estados do Sul e Sudeste, com exceção do Rio de Janeiro. No entanto, nenhum deles deve causar os mesmos danos do tornado que atingiu o Paraná. Em contraste, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão mais calor e umidade nesse período.
Época do ano favorável à formação de ciclones
Segundo José Antonio Marengo Orsini, coordenador geral do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em entrevista ao O Tempo, a primavera é uma época típica e favorável para ocorrer ciclones e frente frias devido às linhas de instabilidade — que representam faixas de tempestades se movimentando em linha reta e rapidamente.
Por sua vez, Marcelo Seluchi, chefe de monitoramento, operações e modelagem do Cemaden explicou que toda frente fria está associada a um ciclone, que são formados com maior frequência devido a situações de baixa pressão especialmente nos oceanos.
Temperaturas mais baixas em novembro

Com a quantidade de formação de ciclones acima da média, as temperaturas tendem a cair fora dos padrões esperados para o mês. Os meteorologistas acreditam que até o dia 20 de novembro os termômetros devem permanecer em valores baixos.
O chefe do Cemaden comentou que épocas de transição de estações provocam uma dualidade entre o calor e umidade do verão e frio e vento de inverno. Entre os dias 11 e 24 de novembro, não há previsão de calor, por exemplo.
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No entanto, esse não é um fenômeno fora de época ou atípico, pois as primaveras dos últimos cinco anos foram mais quentes, o que provoca um estranhamento da população com essa nova onda de frio.
