Trinta anos após a morte de Ayrton Senna, a série documental “Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, produzida pela HBO Max, mostra outro lado do piloto, pelos olhos da modelo.
A modelo assume o protagonismo da própria história, revisitando afetos, lembranças e silêncios que ficaram de fora da narrativa oficial.
A série documental “Meu Ayrton por Adriane Galisteu” estreou na HBO Max em 6 de novembro de 2025. O projeto foi dividido em dois episódios de aproximadamente 45 minutos cada, no qual a apresentadora revisita seu relacionamento com o piloto.
Bastidores de Meu Ayrton por Adriane Galisteu
Na produção, a apresentadora aparece como narradora da própria história, ou seja, assume controle da narrativa. Segundo Galisteu, tanto a família Senna quanto a Xuxa Meneghel (ex-namorada do piloto) foram convidadas para participar, mas teriam recusado por “compromissos contratuais”.
A série surge num momento em que houve repercussão sobre a forma como foi retratada ou quase não retratada em outras produções sobre Senna, como a série da Netflix de 2024 “Sena”.
Leia também: Quais as vitórias mais marcantes de pilotos brasileiros no GP de São Paulo de Fórmula 1?
Quem são Ayrton Senna e Adriane Galisteu?
Ayrton Senna é uma das maiores lendas do automobilismo mundial. Tricampeão mundial de Fórmula 1, o piloto brasileiro é um ícone não só pelo desempenho nas pistas, mas pela paixão nacional que expressava. Ele morreu tragicamente no dia 1º de maio de 1994, no Grande Prêmio de San Marino.
Adriane Galisteu, é apresentadora, modelo e personalidade da mídia brasileira. Atualmente é casada, tem um filho e apresenta o reality show A Fazenda.
Em 1993, com cerca de 19 anos, ela conheceu Senna e iniciou um relacionamento que durou cerca de um ano e meio até o acidente fatal. No documentário, Galisteu afirma que o relacionamento foi significativo, porém “invisibilizado” em parte da biografia pública.
Polêmicas
Uma das principais polêmicas foi em produções que retratam o piloto. Por exemplo, na série “Senna” da Netflix, Galisteu teria aparecido por pouco tempo, menos de três minutos. Isso gerou críticas e consideraram ela como “apagada” da narrativa oficial.
Outra controvérsia envolve a família Senna. No documentário de 2025, Galisteu relata que a família produziu um dossiê sobre ela para Ayrton. Além disso, há o episódio do ensaio para a revista “Playboy”. A apresentadora afirma que ele exigiu que o ensaio não fosse publicado, demonstrando ciúmes e controle.
Leia mais: Quais as maiores rivalidades da história da Fórmula 1?
Relacionamento com a família Senna
Segundo o Observatório dos Famosos, Adriane Galisteu sempre relatou dificuldades em ser aceita pela família de Ayrton Senna. Segundo a apresentadora, o distanciamento começou durante o relacionamento, entre 1993 e 1994, quando convivia pouco com os familiares do piloto.
Galisteu afirmou que a família não conhecia direito quem ela era e como se comportava, o que gerava desconfiança e dificultava qualquer aproximação. Após a morte de Senna, ela relatou ter vivido um sentimento de apagamento onde quase foi barrada de entrar no velório de Senna.
Galisteu acredita que a rejeição se deve também à forma como ela mostrou uma faceta diferente de Ayrton, mais descontraída e humana, que contrastava com a imagem pública de ícone disciplinado que a família queria preservar.