O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou projeto de lei, na noite desta quarta-feira (12/11), que encerra a maior paralisação da história do governo americano.
O chamado shutdown durou 43 dias e interrompeu ou causou distúrbios em diversos serviços no país, como aconteceu nos programas de assistência alimentar, no pagamento a centenas de milhares de servidores e no sistema de controle de tráfego aéreo.
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Trump sancionou o projeto que havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados horas antes. Na casa dominada pelos republicanos, o acordo foi aprovado por 222 a 209. O projeto já havia sido aprovado pelo Senado, na segunda-feira, por 60 a 40.
“Não podemos deixar isso acontecer de novo. Não é assim que se governa um país”, afirmou o presidente americano ao assinar o projeto no Salão Oval.
O governo americano estava paralisado desde o mês passado porque o Congresso não aprovou o orçamento federal dentro do prazo em razão de impasse entre republicanos e democratas.
Pelo acordo acertado entre os dois partidos, o governo garantiu seu financiamento até o dia 30 de janeiro, deixando o governo federal em um caminho para continuar adicionando cerca de US$ 1,8 trilhão por ano à sua dívida de US$ 38 trilhões.
“Com a minha assinatura, o governo federal vai poderá retomar suas operações normalmente”, disse Trump.
O fim da paralisação oferece alguma esperança de que serviços essenciais para o transporte aéreo, em particular, tenham algum tempo para se recuperar, com a importante onda de viagens do feriado de Ação de Graças a apenas duas semanas de distância.
Com o fim do “shutdown”, a ajuda alimentar a milhões de famílias também pode abrir espaço nos orçamentos domésticos para gastos, à medida que a temporada de compras de Natal começa a ganhar intensidade.
Isso também significa o restabelecimento, nos próximos dias, do fluxo de dados sobre a economia dos EUA provenientes das principais agências estatísticas.
A ausência de dados deixou investidores e formuladores de políticas monetárias sem orientações sobre a saúde do mercado de trabalho, a trajetória da inflação e o ritmo dos gastos do consumidor e do crescimento econômico em geral.
No entanto, é provável que algumas lacunas de dados sejam permanentes, com a Casa Branca dizendo que os relatórios de emprego e do Índice de Preços ao Consumidor referentes ao mês de outubro talvez nunca sejam divulgados.
Por Reuters
