O Rio de Janeiro não atinge a meta de 95% de cobertura vacinal contra a poliomielite desde 2016. A queda nas taxas preocupa autoridades de saúde, que temem o retorno da doença erradicada no estado desde 1987.
Nesta sexta-feira (24/10), quando é celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) reforça o chamado para que pais e responsáveis levem as crianças aos postos de vacinação até 31 de outubro (31/10), dentro da Campanha Nacional de Multivacinação.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, destacou o papel histórico da imunização na erradicação da doença. Segundo ela, o personagem Zé Gotinha foi essencial na conscientização da população. “Com o apoio dessa figura simbólica, vencemos a pólio, mas precisamos manter altas coberturas vacinais para impedir o retorno da doença”, afirmou.
Claudia ressaltou ainda que, embora o estado ainda esteja distante da meta ideal, os índices vêm melhorando nos últimos anos. Ela lembrou que a campanha oferece também todas as vacinas do calendário nacional e busca atualizar as doses de crianças e adolescentes.
Neste ano, a vacina injetável contra a poliomielite (VIP) substituiu a versão oral. O esquema vacinal inclui quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses, além de um reforço aos 15 meses.
De acordo com a gerente de Imunização da SES-RJ, Keli Magno, o estado tem trabalhado junto aos municípios para ampliar a cobertura. “Além das campanhas, atuamos o ano todo apoiando as cidades. Os resultados estão aparecendo, mas precisamos do engajamento das famílias”, disse.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Cristina Giordano, reforçou a importância da prevenção. Segundo ela, o vírus ainda circula em outros países, o que aumenta o risco de reintrodução no Brasil. “Uma pessoa não vacinada pode se infectar em uma viagem e transmitir a doença aqui. A vacina é a única forma de proteção”, alertou.
Fonte: Agência Brasil
