A maior empresa de energia renovável da América do Sul agora se chama Axia, antes conhecida como Eletrobras.
Atualmente, a companhia é responsável por 17% da capacidade de geração de energia do país e 37% das linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN). No total, a empresa opera 81 usinas, sendo 47 hidrelétricas, 33 parques eólicos e uma solar.
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O novo nome, segundo comunicado da companhia, “vem do grego e significa ‘valor’, carregando a ideia de eixo — de conexão, articulação e centralidade”, ressaltando que a mudança não altera compromissos contratuais, empresariais ou regulatórios.

De estatal a empresa privada
Fundada em 1962, a empresa seguiu como estatal até 2022, quando foi privatizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Mesmo após a desestatização, o governo manteve boa participação no capital e no conselho da então, Eletrobras.
Hoje, o chamado Grupo Governo, formado por acionistas como a União, BNDES, Banco do Nordeste, BB Asset, Caixa Asset, Petros e Previ, detém 41,4% das ações totais e 14% das ações preferenciais (com direito a voto).
Durante o processo de privatização, o governo liberou que trabalhadores investissem parte do saldo do FGTS em ações da então, Eletrobras, que eram negociadas na bolsa usando o código ELET. A partir de 10 de novembro, esses papéis passam a ser identificados pelo novo ticker AXIA, segundo a Agência Brasil.
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Momento de transformação
Em carta aos acionistas, Ivan Monteiro, presidente da companhia, afirmou que a mudança de marca representa uma nova fase para a empresa. Segundo ele, a transição “traduz um movimento profundo de transformação que a empresa viveu nos últimos três anos e também seus desafios de negócio”.
O presidente também destacou que a Axia “evoluiu sua governança, ampliou investimentos, fortaleceu sua estrutura e se reposicionou para responder a um setor em transição marcado por novas tecnologias, mudanças regulatórias e novos padrões de consumo”.
