No último domingo (26) foi aplicada a Prova Nacional Docente (PND). O tema da questão discursiva foi o idadismo como desafio social e educacional no Brasil.
Idadismo, também conhecido como etarismo, é o preconceito ou discriminação contra indivíduos ou grupos com base na idade.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o enunciado da questão destaca o conceito do idadismo, a importância de combater estereótipos e práticas discriminatórias baseadas na idade e de promover a integração entre diferentes gerações no ambiente escolar. O texto foi extraído do Relatório Mundial sobre o Idadismo de 2023, produzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
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Segundo a Agência Brasil, o candidato precisava elaborar um texto que abordasse os efeitos das diferenças entre gerações no contexto escolar. E como solução para o problema, o participante deveria apresentar, ao menos, uma atividade de combate ao idadismo e que promovesse a integração intergeracional nas unidades de ensino.
O edital da PND 2025 estabeleceu que a parte da prova com conteúdo de formação geral inclui 30 questões objetivas e uma discursiva, elaboradas a partir de temas ligados à formação de um professor. Com duração de cinco horas e 30 minutos, o término ocorreu às 19h, no horário de Brasília.
Textos de base
Como auxílio na construção da resposta, os mais de 1,08 milhão de inscritos na prova chamada de CNU dos Professores tiveram um conjunto de materiais que acompanhava a proposta da prova discursiva, cuja principal função era fornecer o recorte temático e contextualizar o candidato sobre o assunto que ele precisa desenvolver.
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Um dos textos motivadores era o 22º artigo do Estatuto do Idoso, que propõe a inserção de conteúdos sobre envelhecimento e valorização da pessoa idosa nos currículos escolares.
O outro era um trecho da obra À Sombra Desta Mangueira, do pedagogo e educador Paulo Freire (1921-1997), publicado em 1995, a partir dos manuscritos de próprio punho do autor. O texto reflete sobre a juventude e a velhice como atitudes diante da vida e da aprendizagem.
Prova objetiva
Os participantes, além da questão discursiva, precisaram responder questões objetivas de formação geral docente e do componente específico das 17 áreas da licenciatura.
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A parte específica conta com 50 questões de múltipla escolha, voltadas ao conteúdo e às habilidades próprias de cada uma das licenciaturas. São elas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.
A prova possui a mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua edição, em 2024, foca nos cursos de formação docente.
Prova Nacional Docente
A Prova Nacional Docente (PND) não é uma certificação para atuar como professor, também não é um concurso. Ela foi criada, pelo Ministério da Educação (MEC), para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, tem o objetivo de auxiliar estados e municípios a selecionarem professores para as suas redes de ensino.
O MEC afirma que busca, por meio da Prova Nacional Docente, estimular a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos nas redes de ensino do Brasil.
A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país. A prova será realizada anualmente pelo Inep.
