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Maradona vive, e a final da Copa Sul-Americana é a prova

O dia 22 de novembro de 2025 celebrará dois eventos de importância histórica para o futebol sul-americano e até mesmo mundial. O primeiro deles é uma decisão entre brasileiros e argentinos; Atlético-MG e Lanús protagonizarão a grande final da Copa Sul-Americana, no estádio Defensores del Chaco — campo neutro em Asunción, Paraguai.

Mas se esse primeiro evento deve agradar mais a atleticanos e colorados, o segundo é para a apreciação de todos os amantes do futebol e, porque não, da arte. Apenas três dias depois, no dia 25, o planeta celebra a memória de “Don” Diego Armando Maradona, nascido justamente na província de Lanús.

Don Diego de Lanús: origens de um craque

O irreverente camisa 10, ídolo máximo do futebol argentino e referência global do esporte bretão, nos deixou em 2020, aos 60 anos de idade, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

A importância de Maradona para os argentinos é inquestionável: virou até moeda oficial no país. Quanto aos brasileiros, bem; podemos até discutir com nossos hermanos sobre quem é o melhor entre ele e Pelé, mas é difícil encontrar alguém que não concorde que Don Diego foi um gênio da bola.

Na contramão de muitos dos outros craques de sua época, Maradona nunca se importou em ser taxado como “polêmico”, e muito menos de usar sua fama e visibilidade para fazer mais como cidadão. Vivia intensamente o campo e o extracampo; concorde ou discorde de suas atitudes, esse fato é inegável.

Nascido em situação de extrema pobreza, El Pibe sempre se manteve o mais próximo possível de suas raízes, e viveu como tal. É impossível separar Maradona, o cérebro do meio-campo argentino, de Diego, apoiador ferrenho da classe trabalhadora, ativista das causas sociais, fã de Che Guevara e crítico dos bastidores do poder político — da FIFA, do governo federal, da Igreja Católica.

Vícios e virtudes

Um fato conhecido sobre Maradona foi a sua luta contra a dependência química e a obesidade. Em 2000, o craque procurou o então líder de Cuba, Fidel Castro, seu amigo e “segundo pai”, para buscar ajuda clínica e superar o vício. Após alguns anos morando no país, Don Diego, que viria a se tornar treinador e comandar a Argentina na Copa do Mundo de 2010, destacou a importância do período no país caribenho para sua recuperação.

Nos dias que sucederam a sua morte, multidões foram às ruas na Argentina para sentir os cinco estágios de um verdadeiro luto coletivo. O próprio Diego não se descreveria como um santo; entre a suspensão na Copa de 1994 após ser pego no antidoping, o polêmico gol de mão contra a Inglaterra em 1986, brigas, crises familiares e filhos não assumidos, o craque vestiu na pele a realidade vibrante, inconsistente, bela e trágica da vida às margens da sociedade.

Mesmo assim, o povo argentino escolheu elevá-lo ao panteão dos deuses; talvez pelas alegrias que ele os deu em vida, talvez pelas lições que ele os deixou após a morte.

Maradona e o Atlético-MG

Uma coisa é certa: a perda de Maradona só não foi mais marcante do que a sua passagem. Até mesmo o outro finalista da Sul-Americana, o Galo, tem uma ligação curiosa com Maradona por meio de outro irreverente gênio da bola: em 2004, Don Diego rasgou elogios a Ronaldinho Gaúcho e o elegeu seu “sucessor” no futebol.

Ronaldinho, que também desperta debates envolvendo a genialidade em campo e as questões fora das quatro linhas, viria a ser jogador do Atlético em 2012. Em 2013, foi um dos protagonistas da campanha mais memorável da história do clube mineiro: a conquista da Libertadores.

Lenda viva

As coincidências entre Maradona e os dois finalistas da Sul-Americana deste ano enchem os olhos, mas sejamos sinceros: fosse a final entre o Radium de Mococa e o Club Atlético Excursionistas, ou até entre um clube da Micronésia e um de Liechtenstein, a memória de Don Diego continuaria no mesmo lugar, intacta, viva em cada passe, cada chute, cada drible.

Afinal, lendas não morrem; elas se tornam vida, e a população de Lanús será mais uma prova incontestável disso no dia 22 de novembro deste ano.

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