O Brasil é o país ocidental com o maior número de fãs de futebol, segundo a empresa de pesquisas Nielsen. Não à toa, essa paixão também se reflete nos nomes escolhidos pelos brasileiros.
O levantamento Atlas dos Nomes no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (04/11), mostra os 124 mil nomes mais usados no país — e muitos deles são homenagens a grandes ídolos do futebol.
Maior revelação do futebol brasileiro nos últimos anos, Neymar tem 2.443 xarás espalhados pelo país. O nome ganhou força logo após o craque despontar no Santos.
O elenco pentacampeão mundial também é lembrado. Ronaldinho (187 registros), Kaká (121) e Rivaldo (20.263) aparecem na lista. Rivaldo já era um nome comum na década de 1970, mas se popularizou de vez após o jogador ser eleito o melhor do mundo em 1999.
Ícones da conquista do tetra em 1994, Romário e Bebeto inspiraram 50.785 registros — mais de 30 mil deles só nos anos 1990.
Jogadores estrangeiros também inspiram brasileiros
A rivalidade entre Brasil e Argentina parece não impedir as homenagens. Messi, oito vezes eleito o melhor jogador do mundo, dá nome a 363 brasileiros, enquanto Maradona aparece em 128 registros — 53 a mais que Pelé.
E se o Flamengo é conhecido como uma fábrica de ídolos, sua torcida não deixa isso passar em branco. O uruguaio Arrascaeta batiza 154 brasileiros — curioso é que esse não é seu primeiro nome, já que o jogador se chama Giorgian Daniel de Arrascaeta Benedetti.
Outro ídolo rubro-negro, Petkovic, que brilhou nos anos 2000, também entrou para o registro civil: há 43 pessoas com seu nome no país, quase todas após o título brasileiro do Flamengo em 2009.
No país do futebol, o estudo do IBGE mostra que a influência do esporte atravessa as quatro linhas e chega até as certidões de nascimento.
