O Banco Central (BC) deve abandonar a versão de moeda digital do real, conhecida como Drex. A decisão foi anunciada em uma reunião realizada na última terça-feira (4), de acordo com fontes ouvidas pela Forbes.
O projeto da tecnologia criptografada seria uma das principais mudanças tecnológicas dos sistemas financeiros no Brasil. Havia expectativa de que ele fosse instaurado ainda neste ano, mas agora o seu lançamento está incerto.
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Uma fonte que participou das fases piloto, 1 e 2 do Drex, atualmente na fase 3, afirmou ao periódico que o motivo para a desativação do projeto foi a insegurança que o modelo técnico apresentou. O formato utilizado para as transações seria por meio da plataforma Ethereum Virtual Machine (EVM), com o sistema Hyperledger Besu, que não se mostrou adequado.
Além disso, o custo para a arquitetura da moeda digital não estaria dentro do orçamento estabelecido pelo BC. Alguns sinais técnicos já teriam sinalizado a necessidade de interromper com esse processo ainda no final da fase 2.
Para os presentes na reunião, o “congelamento” do Drex foi recebido com cautela, caracterizado como uma mudança de rota de forma estratégica. Vale destacar que o BC possui outras alternativas a essa moeda digital caso ainda deseje seguir com a tokenização de ativos.
Como funcionaria o Drex?
Segundo a instituição financeira, o Drex funcionaria como a moeda digital do real, de mesma equivalência, mas permitindo transações financeiras seguras com ativos digitais, por meio de blockchain.
Esses serviços financeiros seriam liquidados dentro de um ambiente integrado e padronizado. Para utilizar a moeda, seria necessário ter um intermediário como banco ou outra instituição financeira.
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Entre os principais benefícios, o Drex poderia simplificar processos de compra e venda de imóveis, veículos, além de melhorar e agilizar pedidos de crédito, entre outros.
