Um ciclone extratropical chega ao Brasil nos próximos dias e deve provocar fortes chuvas com ventos superiores a 100 km/h. O fenômeno afetará, em especial, o Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O meteorologista Arthur Müller, disse ao Canal Rural, que o próximo fim de semana será marcado pela formação do ciclone derivado da baixa pressão atmosférica.
Müller aponta que além da chuva, tem risco de queda de granizo com ventos que podem ultrapassar os 100 km/h.
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“É uma condição que exige muita atenção, porque pode causar prejuízos aos trabalhos em campo, além de queda de árvores e interrupção no fornecimento de energia”, alerta Müller.

Regiões mais atingidas
Müller aponta que o ciclone deve se formar de sexta-feira (7) a sábado (8) e causará, segundo a previsão, acumulados superiores a 100 milímetros em 24 horas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A instabilidade também deve chegar aos estados de Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde há potencial para temporais isolados.
Quando o ciclone passar, o sistema de chuvas “se desloca para o oceano, dando origem a uma nova frente fria que deve empurrar a chuva em direção ao norte de Minas Gerais e à região Nordeste”.
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Impacto na safra
Müller destaca que, ainda nesta semana, há previsão de chuvas entre 30 e 50 milímetros no sul da Bahia e no sul do Tocantins, ajudando na semeadura da safra 2025/26.
Müller comenta que mesmo que a chuva seja boa ara a agricultura, o problema é a concentração dos volumes em curtos períodos, pois cria risco de alagamentos e danos estruturais.
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“Em vez de termos 100 milímetros bem distribuídos em cinco dias, acaba chovendo tudo em 24 horas. Isso é muito ruim para o produtor e para o solo. Por isso, é importante ficar atento aos alertas da Defesa Civil e aproveitar para captar água quando possível”, afirmou o metereologista.
O especialista aponta que depois do ciclone, “a frente fria deve manter a umidade em boa parte do país, com chuvas de 30 a 50 milímetros previstas para Rondônia, Mato Grosso, Goiás e o interior do Matopiba, região que abrange partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”.
