A COP30 ainda está na sua primeira semana, e há espaço para debate sobre o quão eficiente ela está sendo ou será no combate e proposição de soluções para a crise global climática. Mas não dá para dizer que o evento não mudou a vida de ninguém até agora: basta perguntar para Alberto Souza, motorista de aplicativo que ganhou R$ 54 mil por conta do evento.
Mesmo trabalhando na profissão de condutor, Alberto não enriqueceu com caronas; pelo contrário, o que lhe colocou no caminho de mais de 35 salários mínimos foi o seu apartamento.
Alberto conta que uma imobiliária falou com ele há 2 meses, buscando fazer uma vistoria nos apartamentos do local onde mora. A ideia era encontrar locais para hospedar uma embaixada, oferecendo uma diária de R$ 3 mil por 15 dias.
O inesperado, porém, aconteceu logo em seguida: “Eles gostaram tanto do meu apartamento que quiseram aumentar o tempo”, conta Alberto, dizendo que ele e seu vizinho acabaram ficando com R$ 54 mil cada pela hospedagem.
Alberto mora em um condomínio localizado num bairro tranquilo; o motorista diz que a única grande complicação do local, para um embaixador, é encarar o trânsito nos horários de pico e a distância do local onde ocorre a COP30.
O motorista, que também é técnico em radiologia, afirmou que vai usar parte do dinheiro que recebeu para pagar dívidas e que o valor representa muito em sua renda.
