O Ministério Público do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira (12/11) ao Supremo Tribunal Federal que vai usar uma tecnologia 3D para analisar as mortes na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, em 28 de outubro.
A medida ocorre após o ministro Alexandre de Moraes determinar que o governo do Rio e o Judiciário apresentem informações adicionais sobre a ação. Moraes apontou divergências entre os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e outros órgãos, como o próprio Ministério Público.
“Foi iniciada, então, atividade de reconstrução dos corpos em modelos tridimensionais (3D) de alta fidelidade, a partir do escaneamento de superfície realizado, com vistas à caracterização topográfica e morfológica das lesões, documentação objetiva dos achados e futuras análises periciais”, diz outro trecho do documento.
Segundo o MP, o processo de análise técnica encontra-se em fase de catalogação das imagens e desenvolvimento da reconstrução tridimensional dos corpos. O Ministério Público passou a cadastrar os dados para análise após o recolhimento do material.
A megaoperação das polícias Civil e Militar deixou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. A operação foi considerada a mais letal da história do estado e mobilizou centenas de agentes das forças de segurança.
