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Motofretista é baleado na região da 25 de Março e associação exige reforço policial

Crime ocorreu em plena luz do dia em uma das áreas mais movimentadas de São Paulo; Polícia investiga ligação com quadrilhas que monitoram entregadores

Um motofretista foi baleado na cabeça durante um assalto na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo, na tarde deste sábado (18/10). O crime aconteceu na rua Carlos de Sousa Nazaré, uma travessa da via de comércio popular, e foi registrado por câmeras de segurança.

As imagens mostram o momento em que a vítima, que carregava uma mochila e uma sacola nas mãos, é abordada por um homem de boné. O suspeito o agarra pelo pescoço e tenta arrancar a sacola. Ao resistir, o entregador é atingido por um disparo à queima-roupa na cabeça.

Segundo a Polícia Militar, o motofretista transportava seis celulares iPhone e um tablet iPad no momento do ataque. Testemunhas informaram que ao menos oito criminosos teriam participado da ação.

Um policial militar de folga, que presenciou o assalto, perseguiu um dos suspeitos e atirou, atingindo o homem no pé. Ele foi socorrido à Santa Casa e está sob custódia. A vítima, em estado grave, foi levada ao Hospital das Clínicas.

A arma utilizada no crime — uma pistola de baixo calibre com numeração raspada — foi apreendida. O caso foi registrado no 8º Distrito Policial (Brás).

Região é alvo de quadrilhas especializadas

A polícia investiga a atuação de grupos que monitoram entregadores na saída de lojas da região, identificando produtos de alto valor, como eletrônicos, para informar comparsas do lado de fora.

Segundo motofretistas que trabalham na área, esse tipo de crime tem se tornado frequente. Muitos profissionais afirmam ter deixado de aceitar corridas que envolvam retiradas na 25 de Março por medo de serem assaltados.

“Existe uma quadrilha que observa quando o entregador retira o produto. Às vezes há até gente de dentro das lojas envolvida, porque não é possível saber o que tem dentro da sacola sem alguém avisar”, afirmou Edgar, conhecido como Gringo, presidente da AmaBR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil).

Segundo ele, o entregador baleado continua hospitalizado em estado grave, mas a bala “graças a Deus não ficou alojada”.

“A situação é muito séria. Tem gente dizendo que não quer mais pegar entrega na 25 de Março. Mas essas pessoas vivem disso. É preciso mais segurança e presença policial”, completou.

Associação cobra medidas concretas

Em comunicado divulgado neste domingo (19/10), a AmaBR pediu aumento do patrulhamento, instalação de câmeras integradas e criação de protocolos de segurança com lojistas e empresas de aplicativos. A entidade também apoia a organização de um ato pacífico da categoria nos próximos dias.

“A vida de um trabalhador não pode ser tratada como mercadoria. Exigimos justiça para o colega baleado e segurança para toda a categoria”, diz o texto.

O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil:

“A Polícia Civil investiga um roubo ocorrido na tarde deste sábado (18), na região central da capital. Segundo informações do boletim de ocorrência, um homem de 27 anos foi baleado durante um assalto. Um policial militar testemunhou o crime e interveio. Um suspeito, de 18 anos, foi atingido e socorrido ao Hospital Santa Casa e é investigado. Um dos assaltantes conseguiu fugir. Celulares e uma arma encontrados no local passarão por perícia. O caso foi registrado como roubo no 8° DP (Brás).”

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