A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta segunda-feira (13), uma operação contra uma quadrilha especializada em quebrar vidros de carros para roubar celulares. A operação foi nomeada como Broken Window, ou, janela quebrada, em inglês. Dois acusados de fazer parte da quadrilha foram presos. São eles: Vanderlânio Moura Cavalcante e Matheus Dutra Marques. Outro integrante do grupo é Adelmar Nunes Lopes. Ele, e um outro suspeito, continuam foragidos.
A polícia acredita que esta é a maior quadrilha em atividade na região central da capital paulista. Na ação, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, nos estados de São Paulo e no Ceará. A polícia também pediu o bloqueio de bens dos investigados, em valores que chegam a R$ 915 mil reais. As investigações começaram no ano passado e ganharam novos desdobramentos em julho, após o procurador de justiça Antônio Calil Filho ter o celular roubado.
Os agentes rastrearam o aparelho do procurador e chegaram a um endereço no bairro do Glicério, no Centro da capital, onde funcionava uma espécie de “QG do Crime”. No local, os policiais encontraram grande quantidade de aparelhos roubados, chips, máquinas de cartão e outros itens de procedência ilícita
Os criminosos atuavam da seguinte forma: eles dão prioridade para furtar os aparelhos que estão com o GPS em uso, pois assim, o celular já está desbloqueado. E, então quebram os vidros dos carros. Em seguida, rapidamente, invadem as contas bancárias das vítimas e fazem transferências para contas de “laranjas” ou de empresas de fachada.
A quadrilha se dividia em núcleos com funções definidas, entre elas, os coordenadores, os roubadores, os tripeiros – que cuidavam das contas bancárias que eram utilizadas nas fraudes -, e até apoio logístico.
A polícia estima que o prejuízo das vítimas chegue a quase R$ 1 milhão. O coronel Roberto Alves, especialista em segurança pública, recomenda manter a atenção redobrada e os vidros do carro fechados. Além disso, também indica o uso de películas especiais como forma de se proteger contra esta modalidade de crime.
As investigações continuam.