Dois aeroportos da Bélgica — Bruxelas e Liège — precisaram suspender as operações na noite de (04/11) após drones não identificados invadirem o espaço aéreo. A medida foi adotada por questões de segurança, e causou atrasos e cancelamentos de voos. O ministro da Defesa belga levantou a suspeita de que o incidente possa ter ligação com espionagem internacional.
Europa registra série de ataques com drones
Os casos na Bélgica se somam a uma onda de incidentes semelhantes que vêm acontecendo em países da Europa nos últimos meses. Aeroportos e bases militares na Alemanha, Dinamarca, Noruega e Espanha também relataram sobrevoos irregulares. Segundo autoridades, os aparelhos foram operados de forma profissional, afastando a hipótese de acidentes ou ações amadoras.
Em setembro, Polônia e Romênia chegaram a acusar a Rússia de violar seus espaços aéreos durante ataques à Ucrânia. A União Europeia (UE) considera que parte dos incidentes pode estar relacionada ao conflito no Leste Europeu, embora o Kremlin negue qualquer envolvimento.
UE prepara sistema de defesa contra drones até 2027
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que, mesmo sem provas diretas, o objetivo russo seria “causar divisão na Europa”. O bloco trabalha para implementar um sistema antidrones até 2027, com o objetivo de reforçar a segurança aérea e evitar novas violações.
Enquanto isso, especialistas alertam que os países da OTAN devem investir em tecnologia de detecção e criar leis específicas para abater drones suspeitos, diante do risco crescente de espionagem e sabotagem digital.
Cresce a preocupação com a segurança aérea
O aumento dos incidentes levou a União Europeia a discutir uma nova política de defesa integrada, focada em proteger aeroportos e bases estratégicas. A expectativa é de que os sistemas de monitoramento avancem rapidamente nos próximos dois anos, especialmente diante da escalada de tensões entre Moscou e o Ocidente.
