Hoje (05/11), Dia da Cultura e da Ciência, a colunista Vivi Villanova trouxe à TMC uma reflexão sobre o diálogo entre arte, ciência e meio ambiente. A data celebra duas áreas fundamentais para o desenvolvimento humano — e, segundo Vivi, mais do que nunca, essas áreas caminham lado a lado.
Arte e ciência: dois caminhos que se cruzam
Vivi começou destacando que tanto a ciência quanto a arte ampliam o olhar sobre o mundo e a vida. Para ela, essas práticas não são opostas; pelo contrário, uma pode alimentar a outra de forma rica. “Em ambas é preciso um encantamento com o mundo e muita curiosidade para fazer perguntas”, disse a colunista.
Segundo ela, artistas e cientistas compartilham hábitos semelhantes: experimentam com materiais diferentes, observam com atenção o que está ao redor e usam a criatividade para encontrar soluções e caminhos para seus trabalhos. Essa intersecção, observou Vivi, sempre existiu na história — e há exemplos marcantes que mostram como a curiosidade pode unir esses dois universos.
Leonardo da Vinci e a curiosidade que move gerações
Para ilustrar essa relação, Vivi citou o caso de Leonardo da Vinci, que, além de pintar a Mona Lisa, realizou estudos minuciosos de anatomia humana e criou invenções como o helicóptero, roupas de mergulho e até uma calculadora. “Da Vinci foi um artista-cientista completamente dedicado a entender e reinventar o mundo”, destacou.
Ela lembrou ainda que, às vésperas da COP30, em Belém, há uma nova geração de artistas e coletivos engajados em criar obras que refletem sobre as mudanças climáticas. Essa produção busca unir arte e ciência para despertar consciência ambiental e promover reflexão sobre o impacto humano no planeta.
Quando o gelo vira arte e alerta ambiental
Entre os exemplos dessa fusão, Vivi mencionou o artista dinamarquês Olafur Eliasson. Durante a COP21, em 2015, em Paris, ele instalou na Praça do Panteão 12 blocos de gelo coletados na Groenlândia, totalizando 100 toneladas. Dispostos em círculo, como se fossem um relógio, os blocos derreteram lentamente ao longo dos dias.
A obra, criada em parceria com um geólogo, simbolizava a passagem do tempo e alertava para as consequências do aquecimento global. “A ideia era mostrar que é preciso agir rápido diante da crise climática”, explicou Vivi. Para ela, iniciativas como essa demonstram a potência do encontro entre arte e ciência na construção de um futuro mais sustentável.
Cultura, ciência e o desafio de resistir à desinformação
Durante a conversa, os apresentadores destacaram que é desafiador celebrar cultura e ciência em um mundo onde ainda há quem negue vacinas e fatos científicos. Comentaram que, muitas vezes, falta cultura para quem rejeita a ciência — e que iniciativas como a reflexão de Vivi ajudam a fortalecer esse diálogo.
A discussão também trouxe referências da literatura e do cinema. Foram citadas obras como 20 Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, e 2001: Uma Odisseia no Espaço, filmes e livros que imaginaram tecnologias antes de seu tempo e inspiraram descobertas reais. “Às vezes a ciência puxa a arte, às vezes a arte puxa a ciência”, resumiram os apresentadores.
O poder da curiosidade para transformar o mundo
Ao encerrar a coluna, Vivi reforçou que tanto a arte quanto a ciência compartilham a capacidade de empurrar os limites do que se entende sobre o mundo. Para ela, ambas são essenciais para a sociedade e para o indivíduo, pois estimulam a criatividade e o desejo de compreender melhor a vida.
“Eu acredito muito nesse encontro entre arte e ciência para ajudar a gente a cuidar do planeta e viver melhor mesmo. Então, viva o Dia da Cultura e da Ciência!”, concluiu.
