As mulheres brasileiras continuam dando um “sprint” na maratona da longevidade. Segundo o IBGE, elas vivem, em média, 79 anos, enquanto os homens chegam a 73. No Paraná, o ritmo é ainda mais impressionante: as paranaenses alcançam 82 anos, sete a mais que os homens, cuja média é de 75 (02/11).
Envelhecer mais — e melhor — é o novo desafio
Especialistas afirmam que viver mais é ótimo, mas envelhecer com qualidade é o verdadeiro objetivo. A Secretaria de Saúde do Paraná alerta que doenças crônicas como diabetes e hipertensão são frequentes entre mulheres acima dos 70 anos, além de fragilidades físicas, solidão e depressão.
Um exemplo é Ana Tereza Silva, de 78 anos, moradora da região metropolitana de Curitiba. Ela superou a expectativa de vida média e enfrenta o câncer de mama e a hipertensão com acompanhamento pelo SUS. “Faço todo o tratamento pelo SUS, com atenção constante”, contou.
Mais tempo de vida, novos cuidados
Com a longevidade em alta, também surgem novos desafios sociais, como o aumento da violência contra mulheres idosas. O governo estadual reforça que os profissionais de saúde precisam desenvolver uma escuta humanizada para identificar e acolher casos de vulnerabilidade.
Outro tema que vem ganhando espaço é a sexualidade na terceira idade — ainda cercada de tabus, mas que precisa ser discutida. O SUS tem distribuído cartilhas sobre sexo seguro e oferece exames rápidos para ISTs, promovendo informação e autocuidado.
A matéria é do repórter Brayan Valêncio, da TMC Curitiba.
