Após semana marcada pelas participações de chefes de Estado e de governo, em Belém, liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anfitrião da Cúpula dos Líderes, a 30ª Conferência do Clima (COP30) da ONU começa, oficialmente, nesta segunda-feira (10).
Na Cúpula dos Líderes, evento preparativo para a COP30, os chefes de Estado deram o tom para o que deve ocorrer ao longo de 10 dias no evento sediado em Belém. Entre as pautas, transição energética e proteção das florestas tropicais, iniciativa inédita anunciada pelo Brasil.
Para a COP30, são esperadas cerca de 50 mil pessoas, entre delegados dos países, negociadores, jornalistas e 15 mil representantes de movimentos sociais.
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A partir de hoje, iniciam-se as negociações que girarão em torno das definições das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês). As NDCs são metas de mitigação, ou seja, compromissos adotados pelos países para redução de emissões de gases de efeito estufa.
Meta do Brasil
O Brasil, por exemplo, impôs meta ambiciosa e se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% das próprias emissões até 2035, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. Até o momento, 79 países já divulgaram NDCs. Eles são responsáveis por 64% das emissões.
Já os 118 países restantes, são responsáveis por 36%. A expectativa é que a agenda de mitigação da crise climática avance com ações mais concretas de financiamento dos países em desenvolvimento.
Carta à comunidade internacional
O presidente-designado da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, divulgou, no último domingo (9), a décima e última carta à comunidade internacional, chamando os países para que Belém se torne “um ciclo de ação” no enfrentamento da crise climática global.
“A COP30 pode marcar o momento em que a humanidade recomeça – restaurando nossa aliança com o planeta e entre gerações. Somos privilegiados por ter sido destinado a nós o dever de fazer história como aqueles que escolheram a coragem em vez da omissão, para virar o jogo na luta climática”, escreveu Corrêa do Lago.
Por Agência Brasil
