A reunião entre o presidente Lula e o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, realizada nesta sexta-feira (07/11), em Belém (PA), não resultou em um acordo concreto sobre o valor do investimento alemão no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês).
Embora Merz tenha prometido uma contribuição “significativa”, ele não definiu datas nem montantes. Segundo o premiê, o anúncio oficial deve ocorrer “em algumas semanas ou meses”.
“Vamos contribuir com quantia generosa”, afirmou Merz, em entrevista coletiva após o encontro.
O governo brasileiro esperava que a Alemanha seguisse o exemplo da Noruega, que anunciou na quinta-feira (06/11) um aporte de US$ 3 bilhões após o almoço oferecido por Lula durante a Cúpula do Clima.
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Até o momento, os compromissos públicos de investimento no fundo somam US$ 5,57 bilhões. Além do US$ 1 bilhão aportado pelo Brasil — país idealizador do mecanismo —, outros US$ 1 bilhão foram mobilizados pela Indonésia.
Entre os europeus, a França prometeu US$ 580 milhões, enquanto a Holanda deve contribuir com US$ 58 milhões. Já Portugal e Colômbia aparecem entre os menores doadores, com US$ 1 milhão e US$ 250 milhões, respectivamente. Os valores foram aproximados para atual cotação entre dólar e euro.
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O TFFF é considerado o carro-chefe da diplomacia ambiental brasileira durante a COP30. A iniciativa busca unir países com florestas tropicais e investidores internacionais para financiar projetos de preservação e desenvolvimento sustentável, com meta de capitalização de até US$ 125 bilhões.
O fundo pretende esse montante combinando recursos públicos e privados. A base será formada por US$ 25 bilhões em aportes de governos e outros US$ 100 bilhões provenientes do setor privado. O rendimento anual, estimado entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, será destinado aos países que comprovarem redução no desmatamento.
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