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Medo do metanol impõe prejuízo a bares e restaurantes de SP: “Somos vítimas”

Em entrevista à TMC, dono de bar relatou prejuízo de até 80% no setor de bebidas destiladas

Donos de bares e restaurantes relatam prejuízo em decorrência da crise do metanol.

Uma rodada de prejuízo, uma dose de medo… no Brasil, a crise do metanol em bebidas destiladas envolve, além das questões de saúde e segurança públicas, a preocupação do setor com perdas no faturamento. 

É o que diz uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), destacando que 26% dos estabelecimentos, em São Paulo, epicentro da crise, tiveram algum tipo de prejuízo em decorrência da intoxicação de bebidas por metanol.

“Teve certa cautela do consumidor. Em São Paulo, a gente teve um impacto. Nós fizemos um levantamento, junto a bares e restaurantes, teve um impacto de pouco menos de 30% no faturamento de bares e restaurantes em função das notícias sobe intoxicação de bebidas”, disse José Eduardo Camargo, líder de Comunicação, Conteúdo e Inteligência da Abrasel.

Na entrevista à TMC, o porta-voz da também saiu em defesa do setor, afirmando que os donos de bares e restaurantes, na verdade, são vítimas.

“Nós somos vítimas, na verdade, de bandidos, que adulteram bebidas. Então, nenhum dono de bar ou restaurante, em sã consciência, vai servir uma bebida adulterada que coloque em risco a saúde dos clientes, inclusive de amigos e familiares”, continuou.

Além dos empresários, o consumidor também está em alerta. É o caso da jornalista Mayara Oliveira, que passou a reforçar cuidados depois que os recentes casos vieram à tona.

“Eu parei de frequentar alguns lugares. Tenho evitado muito consumir bebidas alcoólicas em todos os lugares, até naqueles que eu sempre frequentei e, de certa forma, confio. Acredito que, no geral, trouxe uma consciência muito grande para todo mundo sobre a importância de saber a procedência do que se estar bebendo”, pontuou Mayara.

Dono de um bar na Mooca, um dos bairros boêmios da Zona Leste de São Paulo, Roberto Zugliane Júnior, ou simplesmente Juca, calculou um prejuízo de cerca de 80% na venda de destilados. Isso fez o empresário suspender a compra de bebidas destiladas. Para ele, é essencial cobrar fiscalização das autoridades.

“A gente tem uma coquetelaria autoral. Então, sente. É um diferencial nosso, assim como em outros lugares também. Se você perder isso, de repente, e ter uma redução como está sendo, faz diferença. O que eu espero é uma fiscalização mais rigorosa contra lugares que falsificam a bebida. A gente pode se proteger de alguma maneira, comprando produtos de fontes confiáveis, com nota fiscal”, afirmou Juca.

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já informou que o objetivo é fechar o cerco não só contra os falsificadores, mas também contra estabelecimentos que, deliberadamente, compram produtos de procedência questionável.

“Então, a ideia é dar o recado para todos que a gente não vai tolerar esse comércio ilegal. A partir do momento em que a gente percebe que tem bebida sem comprovação de origem, que o comerciante que topa o risco de comprar algo sem a nota fiscal e está disponibilizando aquilo para o cidadão, ele está sendo irresponsável. A gente não pode isso. E uma maneira que é eficaz é a suspensão do registro”, disparou o governador em coletiva de imprensa.

O consumo de metanol pode causar danos severos à saúde, como levar à cegueira e até à morte. 

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