O Dia Mundial da Gentileza, celebrado nesta quarta-feira (13/11), lembra que atitudes simples, perguntar se alguém está bem, ajudar no dia a dia, ouvir com atenção, ainda transformam relações. Criada no Japão, em 2000, pelo movimento World Kindness Movement, a data reúne mais de 30 países e destaca a gentileza como ferramenta concreta de mudança social.
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O Profeta que pintou o Rio e virou símbolo até da música brasileira
No Brasil, a data tem como maior ícone José Datrino, o Profeta Gentileza. Nascido em (11/04), ele ganhou notoriedade depois do incêndio do circo de Niterói, em (1961), tragédia com mais de 500 vítimas. A partir dali, disse ter recebido uma missão espiritual: espalhar mensagens de paz e amor pelas ruas do Rio de Janeiro.
Gentileza gera gentileza” se tornou sua frase mais célebre e segue estampada em camisetas, murais, memes e agendas culturais. O impacto do Profeta ultrapassou décadas, mantendo-o como referência nacional quando o assunto é empatia e convivência humana.
Com sua túnica branca, uma placa colorida e tintas verde, amarela, branca e azul, ele pintou dezenas de colunas e viadutos no centro da cidade durante os anos 1980. Esses painéis foram tombados como patrimônio cultural em (2000) e restaurados em (2023), mantendo vivo um dos legados urbanos mais reconhecidos do país.

A força do Profeta atravessou o tempo e chegou até a música. Marisa Monte, inspirada pelas pinturas urbanas de Datrino, lançou em 1996 a canção “Gentileza”, que transformou suas mensagens em poesia e ampliou o alcance do artista para novas gerações. A música se tornou um dos maiores hits da carreira da cantora e até hoje é lembrada como uma das homenagens mais marcantes ao Profeta.
Datrino morreu em (1996), aos 79 anos, mas deixou um legado que segue vivo não apenas nos muros do Rio, mas na cultura pop, nas redes sociais e na forma como o Brasil fala sobre empatia.
Segundo os dicionários, “gentileza” é a soma de atitudes éticas, solidárias e respeitosas entre pessoas, valores que ajudam a construir sociedades mais humanas, especialmente em tempos de pressa e intolerância.
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