O mais ambicioso dos filmes do diretor Paul Thomas Anderson, “Uma Batalha Após a Outra”, está em cartaz nos cinemas brasileiros. A obra foi inspirada no romance “Vineland” de Thomas Pynchon.
Com uma superprodução que custou entre 130 e 175 milhões de dólares, o filme mistura ação e sátira política, no orçamento mais alto já obtido pelo diretor. A obra conta com um elenco de peso como Leonardo DiCaprio, Sean Penn, Benicio del Toro, Regina Hall, Teyana Taylor e a estreante Chase Infiniti.
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Cenas pós-creditos
Apesar da expectativa, a obra não tem cenas pós-creditos, deixando para a imaginação dos telespectadores o destino dos personagens principais da trama. Especialmente o desfecho da jovem Willa Willa (Chase Infiniti). O que há após todos os créditos subirem, é uma homenagem, com uma foto e uma frase de agradecimento, a uma pessoa da produção que faleceu.
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Sobre o que é o filme?
A narrativa começa com Bob Ferguson (Leonardo DiCaprio), militante do grupo revolucionário French 75, que depois de uma operação que não funcionou, e gerou o desmanche do movimento, se vê sozinho com a filha bebê, enquanto sua parceira, Perfidia (Teyana Taylor), desaparece.
Após 16 anos, o antigo guerrilheiro leva uma vida decadente e mergulhada em drogas e teorias conspiratórias, enquanto cria a filha adolescente, Willa, na cidade fictícia de Baktan Cross.
Nesse cenário, o coronel Steven J. Lockjaw (Sean Penn), responsável pela perseguição ao French 75 no passado, reaparece ligado a uma seita ultradireitista chamada Aventureiros Natalinos, formada por políticos e empresários do chamado deep state. Ele lidera uma operação militar que usa como justificativa a caça a minorias e imigrantes.
No entanto, o objetivo do coronel, na realidade, é eliminar Willa, convencido de que ela seria sua filha biológica e poderia expor seus segredos.
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Mensagem do filme
O filme critica teorias de conspirações que revelam os tentáculos de um Estado paralelo que é movido por racismo e poder.
No filme, os Aventureiros Natalinos simbolizam um deep state, enquanto os revolucionários carregam dilemas internos e contradições da própria esquerda. Paul Thomas Anderson contrapõe esses dois blocos fechados com o objetivo de mostrar como ambos influenciam o destino individual dos personagens.
Os críticos apontam que o final pode até soar frustrante para os que queriam uma grande libertação. No entanto, a visão com o estilo de Anderson ao invés de oferecer respostas fáceis, sugere que a luta contra o autoritarismo nunca se encerra.