A nova aposta do técnico Carlo Ancelotti para resolver o “problema” da lateral esquerda do Brasil é Luciano Juba, do Bahia. O atleta pernambucano chama atenção por sua capacidade ofensiva e é peça fundamental no esquema de Rogério Ceni, acumulando, até o momento, 14 participações em gols no ano de 2025.
Juba começou a carreira profissional no Sport em janeiro de 2020, onde já jogava desde o Sub-20. Logo na primeira partida, o lateral-esquerdo teve importante participação na vitória do Leão da Ilha por 1 a 0 contra o Central, pelo campeonato estadual.
Após a estreia, o lateral não teve muitas chances no time titular e perdeu espaço no elenco. A falta de minutos acarretou no empréstimo para o Confiança, em 2021, como indicação do treinador Daniel Paulista.
Três meses e 16 partidas depois, o Sport chamou o jogador de volta a pedido do técnico Gustavo Florentín. Juba participou da campanha que rebaixou o time para a série B do Campeonato Brasileiro. Mas nem tudo estava perdido. Sob o novo comando, Juba mudou de posição e alçou um novo nível na carreira.
Mudança de posição e virada de chave
Em seu retorno do empréstimo, o então lateral passou a atuar como um ponta aberto pela esquerda. Essa mudança foi fundamental para que Juba ganhasse minutos em campo e confiança no Sport.
No ano seguinte, em 2022, o jogador fez uma temporada de protagonista na Série B, marcando dez gols e deu nove assistências em 57 jogos.
Em 2023, o jogador fez sua primeira grande temporada da carreira. Naquele ano, Juba participou de 37 gols em 57 jogos, sendo 20 gols e 17 assistências.
Esses números chegaram a colocar, mesmo que momentaneamente, o jogador no topo da lista de participações em gols no país, sendo superado por Germán Cano, do Fluminense. O ano de 2023 também marcou uma rusga entre Luciano Juba e a torcida do Sport.
Mesmo sendo seu clube de coração, três episódios marcaram negativamente o jogador com a torcida. Primeiro, um pênalti perdido durante a disputa da final da Copa do Nordeste contra o Ceará. Vale lembrar que Juba havia marcado o gol da vitória no tempo normal, por 1 a 0.
O segundo episódio envolve mais um pênalti desperdiçado. Agora, contra o São Paulo, nas oitavas de final da Copa do Brasil, no Morumbis. Por fim, em setembro, o atleta se transferiu para o rival regional Bahia, de graça, após assinar um pré-contrato.
Retorno às origens
No clube baiano, o jogador começou atuando ainda no ataque, sob o comando de Renato Paiva. Porém, uma semana depois o clube anunciou a saída do treinador e a chegada de Rogério Ceni para comandar a equipe. Juntos, os dois conseguiram livrar o Bahia do rebaixamento em 2023.
No ano seguinte, Juba seguiu sendo fundamental para sua equipe. Desta vez, definitivamente como lateral-esquerdo. Em 2024, o jogador foi o segundo da equipe com mais participações em gols, com três marcados e cinco assistências, atrás apenas de Caio Alexandre.
Na temporada atual, tanto Juba quanto o Bahia fazem um grande ano. O jogador é titular incontestável e vice-líder em participações em gols, com 14 em 56 jogos. A boa fase do atleta está ajudando o Bahia a brigar por uma vaga direta para a Libertadores no ano que vem.
Com diversas contestações e dúvidas sobre quem deveria assumir a lateral-esquerda da seleção brasileira, Luciano Juba recebe a oportunidade de Carlo Ancelotti para mostrar seu futebol nesta próxima Data Fifa. O Brasil joga contra contra o Senegal no dia 15 de novembro, na Inglaterra, e contra a Tunísia, no dia 16, na França.
