A Uefa disse nesta quinta-feira que manteve discussões informais com a A22 Sports Management, a empresa por trás dos planos de reviver a Superliga Europeia, mas enfatizou que nenhuma mudança estava sendo considerada no formato de sua competição de clubes de elite.
“Podemos confirmar os relatos de que o sr. Theodore Theodoridis (secretário-geral da Uefa) se reuniu com o sr. Anas Laghrari (cofundador da A22 Sports Management) em algumas ocasiões em ambientes públicos. Nenhum resultado formal resultou dessas conversas”, disse a Uefa à Reuters nesta quinta-feira.
“Reafirmamos categoricamente que não há planos para mudar o formato da Liga dos Campeões da Uefa.”
Reportagens da mídia disseram mais cedo nesta quinta-feira que a A22 havia entrado em conversas com autoridades da Uefa para discutir uma possível estrutura para uma nova competição.
As reportagens disseram que a A22 está promovendo seu conceito de “Liga Unificada”, com 96 clubes em quatro divisões com promoção e rebaixamento, e espera garantir o reconhecimento da Uefa para o projeto.
A A22 apresentou o plano como uma alternativa baseada no mérito e voltada aos torcedores em relação aos torneios atuais, prometendo transmissão gratuita de jogos e maior acesso para os clubes menores.
Segundo as reportagens, o presidente-executivo da A22, Bernd Reichart, e o cofundador, Anas Laghrari, procuraram enquadrar a proposta como complementar às ligas nacionais, em vez de rivalizar diretamente com as competições da Uefa.
No entanto, os órgãos de futebol e as ligas nacionais têm se oposto consistentemente à ideia, alertando que ela poderia minar a pirâmide do futebol europeu.
O projeto original da Superliga fracassou em 2021 após uma reação negativa dos torcedores, dos governos e da comunidade do futebol em geral.
Doze grandes clubes inicialmente se inscreveram para a competição, que lhes garantiria a participação permanente, mas nove rapidamente se retiraram.
O conceito foi posteriormente revivido pela A22 depois que o Tribunal de Justiça Europeu decidiu, em 2023, que as restrições da Uefa sobre competições rivais poderiam violar a lei de concorrência da União Europeia.
*Reuters