O Ministério do Comércio da China respondeu à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar em mais 100% a tarifa contra o país asiático, a partir de 1º de novembro. A declaração foi divulgada neste domingo (12), dois dias após o líder americano questionar o anúncio chinês para o controle de exportação sobre terras raras.
A China argumenta que tem poder de agir, com base nas leis e regulamentos locais, o próprio sistema de controle de exportação. O país ainda pontuou que os EUA exageram o conceito de segurança nacional por meio de “ações discriminatórias”, com a imposição de medidas unilaterais.
“A posição da China sobre a guerra comercial é consistente: não a queremos, mas não a tememos” diz trecho da publicação feita pelo Ministério do Comércio chinês, postada na rede social X.
O conflito comercial entre China e EUA, inflamado no início do ano, mas pausado após negociações, deve reativar as tensões. Naquele período, os dois países aumentaram, progressivamente, as tarifas sobre produtos importados um do outro. O governo americano cobrou 145%, enquanto Pequim anunciou 125%.
O pivô desse novo episódio da guerra tarifária entre os EUA e China são as terras raras, conjunto de 17 elementos químicos estratégicos, sobretudo para a transição energética e indústria de alta tecnologia, como fabricação de carros elétricos, celulares, televisores e até mísseis teleguiados.
Também conhecidos como minerais críticos, esses elementos estão concentrados, majoritariamente, em dois pontos do planeta: China e Brasil.