Donald Trump chegou a um hospital militar perto de Washington nesta sexta-feira para o que os assessores descreveram como um exame de saúde de rotina que, no entanto, atrairá um exame minucioso da vitalidade do presidente dos EUA, de 79 anos.
Trump foi a pessoa mais velha a assumir a Presidência dos EUA quando reassumiu a Casa Branca em janeiro, e é a segunda pessoa mais velha a servir como presidente do país.
No cargo, o republicano tem mantido uma agenda de alto ritmo e uma predileção por carne vermelha. No domingo, ele planeja viajar para o Oriente Médio depois de intermediar um acordo de cessar-fogo em Gaza.
Ainda assim, a saúde de Trump tem sido um foco de atenção um ano depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, desistiu de sua candidatura à reeleição em meio a perguntas sobre sua aptidão para o cargo. Trump contrastou com Biden durante a campanha presidencial do ano passado, apresentando-se como mais jovem e em forma.
Trump chegou ao Walter Reed National Military Medical Center, um hospital em Bethesda, Maryland, que há muito tempo atende presidentes, para o que a Casa Branca chamou de check-up anual de rotina, bem como para uma reunião e comentários com as tropas.
A visita ocorre apenas seis meses depois de ele ter feito um exame físico extensivo.
“Fisicamente, me sinto muito bem; mentalmente, me sinto muito bem”, disse Trump aos repórteres na quinta-feira, acrescentando que se tratava de uma “visita semestral” ao médico. “Gosto de fazer exames. Sempre cedo. Sempre chego cedo.”
Um memorando divulgado pela Casa Branca após o exame de abril dizia que Trump tinha 1,90 metro de altura e 102 kg e que tinha colesterol alto bem controlado. O documento elogiava a robustez de Trump e seu jogo de golfe.
Em julho, a Casa Branca revelou que Trump estava com inchaço na parte inferior das pernas e hematomas na mão direita, depois que fotografias mostraram o presidente com os tornozelos inchados e maquiagem cobrindo a parte afetada da mão.
Seu médico, dr. Sean Barbabella, disse em uma carta divulgada pela Casa Branca na época que os testes confirmaram que o problema nas pernas era devido à “insuficiência venosa crônica”, uma condição benigna e comum, especialmente em pessoas com mais de 70 anos de idade.
O médico disse que o hematoma na mão de Trump era consistente com uma pequena irritação nos tecidos moles causada pelo aperto de mão frequente e pelo uso de aspirina, que Trump toma como parte de um “regime padrão de prevenção cardiovascular”.
Desde então, a Casa Branca tem minimizado as preocupações com a saúde de Trump, sem detalhar como o problema da perna está sendo tratado.
Em 2020, durante seu primeiro mandato, a Casa Branca forneceu avaliações contraditórias e pouco transparentes sobre a saúde de Trump após ele contrair Covid-19.
Reuters – tradução da Redação São Paulo