Construída entre 2001 e 2006, a Palm Jumeirah foi uma verdadeira transformação no Golfo Pérsico. Com investimento de US$ 12 bilhões, o projeto criou terra onde antes contava apenas com água, adicionando 56 km de nova orla à costa de Dubai.
A ideia combinou dragagem, geotecnia e urbanismo em uma única novidade da engenharia costeira moderna.
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Construção da palmeira
De acordo com o portal Click Petróleo e Gás, para formar a ilha, foram depositados cerca de 85 milhões de m³ de areia, estes guiados por sistemas de posicionamento por GPS que reproduziram o desenho de uma palmeira com precisão milimétrica.
O traçado criou um tronco central e 17 frondes, interligados por pontes e vias. Em torno deles, foi erguido um quebra-mar em forma de crescente com a missão de conter as correntes e diminuir o impacto das ondas.
Esse sistema hidráulico foi calibrado para evitar erosão e assoreamento, garantindo canais navegáveis e áreas seguras para banho.
Infraestrutura e urbanização
Com a base pronta, vieram as etapas de urbanização. O tronco recebeu vias principais, redes de serviços e hotéis; as frondes, condomínios residenciais; e o crescente, resorts voltados tanto para o mar aberto quanto para a lagoa interna. Essa criação funcional equilibra privacidade e lazer.
O resultado foi um bairro totalmente planejado sobre o mar, com acesso controlado, marinas, redes de saneamento, energia e telecomunicações. Como dá para perceber, o modelo conta com luxo e eficiência.
Logística e impactos ambientais
O cronograma avançou em várias frentes entre 2001 e 2006. A operação exigiu uma frota de dragas, barcaças e guindastes, além de um monitoramento batimétrico constante para conferir volumes, cotas e estabilidade dos aterros.
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A criação de novas terras também trouxe questionamentos ambientais. A dragagem mudou habitats marinhos e padrões de corrente, exigindo monitoramento ecológico permanente e medidas de mitigação desde a fase de obras.
