O Istana Nurul Iman, palácio oficial do sultão de Brunei, é mais do que uma casa: é um verdadeiro monumento.
Com 200 mil m² de área construída, 1.788 quartos, 257 banheiros, garagem para 110 veículos e um salão que comporta 5 mil convidados, o local é considerado a maior mansão do mundo.
Construído às margens do Rio Brunei, em Bandar Seri Begawan, capital do pequeno país no Sudeste Asiático, a residência do sultão revela muito poder em sua arquitetura, planejada para uma das famílias mais ricas do planeta.
Construção do palácio
Concluído em 1984, ano da independência de Brunei em relação ao Reino Unido, o palácio foi projetado pelo arquiteto filipino Leandro Locsin, um dos nomes mais famosos da Ásia.
Segundo apuração do portal Click Petróleo e Gás, o valor inicial foi de aproximadamente US$ 1,4 bilhão, valor que hoje ultrapassaria os US$ 4 bilhões.
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O projeto inteiro foi idealizado para provar o valor da monarquia islâmica e o status do sultão Hassanal Bolkiah que, por décadas, foi listado entre os homens mais ricos do mundo, com fortuna estimada em mais de US$ 20 bilhões.
Significado do nome
O nome Istana Nurul Iman significa “Palácio da Luz da Fé” e a construção diz muito sobre o título. São quase 30 campos de futebol de área, cinco piscinas e estábulos capazes de abrigar 200 cavalos árabes.
Existe uma mesquita privada com cúpula dourada e espaço para 1.500 fiéis dentro do palácio, além de um salão de banquetes para 5 mil pessoas.
A parte de dentro exibe mármore italiano, ouro 24 quilates, cristais austríacos e tapetes persas feitos sob medida.
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O design mostra influências islâmicas, europeias e asiáticas, resultado do trabalho de centenas de artesãos vindos dos mais diferentes países. As peças de decoração incluem obras de arte raras e presentes oferecidos por líderes mundiais.

Cidade dentro de um palácio
O Istana Nurul Iman é tão grande que funciona como uma pequena cidade. A mansão abriga milhares de funcionários e conta com sistemas próprios de segurança, energia e abastecimento de água. Há também um heliporto e infraestrutura de comunicação independente.
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Por mais que seja a residência oficial do sultão, o palácio abre suas portas uma vez por ano, durante o Hari Raya Aidilfitri, celebração que marca o fim do Ramadã. Nessa ocasião, mais de 100 mil pessoas visitam o local, cumprimentam o monarca e recebem refeições preparadas exclusivamente para o evento.
A tradição mostra a imagem do sultão como líder religioso e político do país, que segue sendo uma das últimas monarquias da atualidade.
Poder do petróleo
A base para tanta riqueza vem das reservas de petróleo e gás natural de Brunei, que garantem uma das maiores rendas per capita do planeta ao país.
Com apenas 5.765 km², Brunei mantém uma economia quase totalmente dependente da exportação de combustíveis fósseis.
Bandar Seri Begawan, a capital, mostra essa desigualdade social. Enquanto a maioria da população aproveita o alto padrão de vida, o palácio monumental lembra que a fortuna local está concentrada nas mãos da monarquia.
Mesmo com tanto luxo, o sultão segue com alta popularidade, apoiado em políticas sociais e na forte presença islâmica do país.
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Coleção de carros
O sultão de Brunei é dono de uma das maiores coleções privadas de carros do mundo. Estima-se que ele tenha mais de 7.000 veículos, com centenas de Rolls-Royce, Ferraris e Bentleys personalizados. Um Rolls-Royce dourado, usado em seu casamento, virou símbolo do luxo extremo da monarquia.
Símbolo mundial de riqueza
O Istana Nurul Iman supera facilmente qualquer residência real. É quase quatro vezes maior que o Palácio de Buckingham, em Londres (Inglaterra), e ultrapassa o Palácio de Versalhes, em Paris (França).
Atualmente, o Istana Nurul Iman é muito mais do que uma simples sede do governo. O palácio se tornou um dos principais pontos turísticos do país e um marco da arquitetura moderna asiática.