Em Okinawa, no extremo sul do Japão, existe uma praia onde o lixo virou arte. Lá, uma grande faixa de areia com águas transparentes conta com a presença da chamada Sea Glass Beach, um lugar praticamente paradisíaco.
Praia “de vidro”
Para surpreender qualquer um, não existe só areia no chão. Milhares de fragmentos de vidro, que foram polidos pelas ondas do mar, brilham como pequenas joias devido ao sol.
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Quem chega até lá encontra um cenário totalmente incomum. Tons de verde, azul e branco substituem os grãos comuns de areia. Resultado de décadas de ação do mar, o litoral transformou garrafas quebradas e resíduos em um tapete colorido.
De acordo com o site Click Petróleo e Gás, o fenômeno começou há mais de meio século, quando restos urbanos e militares eram lançados ao mar. Com o tempo, o balanço do oceano criou uma beleza super diferente.

Bonita, mas polêmica
A Kunjitahama, nome oficial da praia, fica perto da base de Camp Schwab, chamando a atenção de fotógrafos, mergulhadores e, claro, turistas.
Apesar da estética impecável, o brilho é polêmico, pois vem da poluição. Fenômenos parecidos existem em regiões como Califórnia (EUA), Rússia e Itália, mas o caso de Okinawa se destaca pelo simbolismo.
Em Nagasaki, por exemplo, pesquisadores da Baía de Ōmura estiveram testando o uso de vidro reciclado para diminuir a erosão costeira e melhorar a qualidade da água. A proposta, enfim, busca tornar o vidro em um agente ecológico.
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Reflexo do desgaste
E nem tudo continua brilhando. Visitantes recentes notaram que o número de fragmentos diminuiu. Isso se deu por conta da ação das marés e do recolhimento recorrente. Assim, a preservação virou mais do que essencial para que o encanto não suma de vez.
Para chegar ao local, é preciso ter muita paciência e cuidado. A trilha é estreita, de terra batida, e o vento ganha força. Além disso, uma recomendação do governo e dos grupos ambientais é que os visitantes não levem os fragmentos embora, atitude importante para garantir a beleza local por muito mais tempo.
