O consumo da semente de mamão levanta polêmicas, mas especialistas apontam que ela é, na verdade, um tesouro nutricional e uma poderosa aliada da saúde.
As sementes são pequenas e apresentam um sabor levemente picante e amargo. É nelas que se concentram uma série de propriedades benéficas que contribuem para o bem-estar do organismo.
Como tem propriedades potentes, a semente de mamão não é indicada para gestantes, lactantes ou pessoas com problemas renais ou hepáticos sem orientação médica e nutricional.
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Componentes saudáveis
Segundo o NSC Total, a semente de mamão é rica em antioxidantes, fibras, enzimas digestivas e compostos fenólicos, a semente de mamão atua no organismo de diversas formas.
“Seu principal ativo é a papaína, uma enzima com forte ação digestiva, capaz de auxiliar na quebra de proteínas e promover o bom funcionamento intestinal, melhorando sintomas de má digestão, como azia, flatulência e sensação de ‘empachamento’. Além disso, a semente possui propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas, antifúngicas e antiparasitárias”, explicou, ao NSC, a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Unime Lauro de Freitas, Luana Leite.
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Como consumir
Existem algumas formas de incluir a semente de mamão na dieta, veja:
- In natura: após lavar bem, as sementes podem ser mastigadas puras. O sabor lembra um cruzamento entre pimenta-do-reino e agrião.
- Seca e triturada: as sementes podem ser secas ao sol ou no forno e moídas, formando um pó que pode ser usado como tempero, em saladas, sopas ou sucos.
- Em cápsulas: algumas marcas oferecem a semente de mamão em forma encapsulada, para facilitar o consumo diário, que deve ser utilizada apenas com prescrição médica e de forma individualizada.
Consumo excessivo
As sementes de mamão, apesar do alto valor nutricional precisam ser consumidas com moderação, uma vez que o seu excesso pode sobrecarregar o fígado.
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“O fígado é responsável por metabolizar compostos tóxicos e substâncias bioativas ingeridas. Quando se consome sementes de mamão em excesso, ele precisa trabalhar mais para processar essas substâncias. Isso pode levar à hepatotoxicidade, ou seja, toxicidade hepática, especialmente em doses elevadas ou em uso prolongado”, destaca Luana.