Por Renan Honorato
Nesta quarta-feira (22/10), a diretora do Museu do Louvre, Laurence des Cars, apresentou sua demissão após o roubo das joias da monarquia francesa ocorrido no último domingo (19/10). O pedido foi encaminhado à ministra da Cultura da França, Rachida Dati, que não aceitou a renúncia.
Na mesma tarde, Des Cars foi sabatinada no Senado francês, onde reconheceu falhas na infraestrutura do museu, como a ausência de câmeras de vigilância na área externa da Galeria d’Apollon.
“Estamos vivendo uma falha terrível no Louvre, pela qual assumo minha parcela de responsabilidade”, declarou Des Cars aos senadores.
Apesar das brechas que resultaram no furto estimado em R$ 550 milhões, a diretora afirmou que os protocolos de segurança foram seguidos pelos agentes do museu.
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Ao permanecer no cargo, a diretora propôs a criação de uma delegacia dentro do museu para prevenir novos roubos e sugeriu o reforço das áreas externas, especialmente na Galeria d’Apollon. O museu voltou a ser aberto nesta quarta-feira após três dias fechado.
Entre as peças roubadas está um colar de oito safiras e 631 diamantes, considerado uma das joias mais valiosas da coleção. Essas peças furtadas faziam parte do acervo nacional francês desde o século XIX e pertenciam às rainhas Maria Antonieta e Hortênsia de Beauharnais.
Maria Antonieta foi casada com o rei Luís XVI, ambos executados durante a Revolução Francesa. Hortênsia, por sua vez, tornou-se rainha da Holanda quando Luís Bonaparte, irmão de Napoleão, foi nomeado rei em 1806.