O Equador vivencia uma escalada de violência: nesta quarta-feira (15), pelo menos dois dispositivos explosivos foram detonados em pontes em rotas da costa equatoriana. A operação visava interromper o tráfego nessas passagens estratégicas, segundo o ministro da Infraestrutura, Roberto Luque.
Nas redes sociais, Luque informou que equipes já estão no local avaliando os danos e determinando se as estruturas sofreram comprometimentos.
Atentado em Guayaquil e o panorama da cidade
No dia anterior (terça-feira, 14), um carro-bomba explodiu diante de um shopping center em Guayaquil, deixando uma pessoa morta e vários feridos. Fontes relatam que parte dos feridos teve queimaduras e ferimentos por estilhaços.
Outro veículo com explosivos foi localizado nas proximidades, mas não chegou a detonar — a polícia desativou o artefato com medidas de contenção.
O atentado ocorreu em um local movimentado, próximo a estabelecimentos comerciais, o que intensificou o temor da população. Autoridades elevaram o nível de alerta e reforçaram a segurança na cidade.
Conexão entre os ataques
A sequência dos eventos sugere que os atos de sabotagem nas pontes estejam conectados ao atentado com carro-bomba em Guayaquil, possivelmente como parte de uma estratégia coordenada para semear insegurança, dificultar a mobilidade e pressionar o governo.
Especialistas e autoridades investigam se grupos criminosos — ou facções rivais — estão executando uma nova tática de guerra urbana em áreas estratégicas costeiras e portuárias.
Crise de segurança e poder dos grupos criminosos
O Equador já enfrenta um cenário de forte instabilidade:
- Nos últimos meses, foram relatados ataques a prédios públicos, confrontos entre facções e grandes apreensões de armas.
- O governo decretou estado de exceção em diversas províncias, com operações militares intensificadas em zonas litorâneas como Guayas e Esmeraldas.
- O controle de rotas de tráfico e portos tem sido disputado entre organizações delinquentes que buscam impor domínio territorial.
Com os ataques recentes, cresce o temor de que a violência se desdobre para logística de transporte e infraestrutura, ampliando o impacto para a sociedade civil.