A Rússia tem perseguido civis que vivem perto da linha de frente na Ucrânia com drones, expulsando-os de suas casas e caçando-os, forçando milhares de pessoas a fugirem de áreas inteiras, o que equivale a um crime contra a humanidade, afirmou um inquérito da ONU.
O relatório da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Ucrânia descreveu a perseguição de civis por longas distâncias por drones com câmeras e, em alguns casos, ataques com bombas incendiárias ou explosivos enquanto procuravam abrigo.
“Esses ataques foram cometidos como parte de uma política coordenada para expulsar os civis desses territórios e constituem o crime contra a humanidade de transferência forçada de população”, disse o relatório de 17 páginas que será apresentado à Assembleia Geral das Nações Unidas nesta semana.
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Suas conclusões foram baseadas em entrevistas com 226 pessoas, incluindo vítimas, testemunhas, trabalhadores humanitários e autoridades locais, assim como em centenas de vídeos online verificados.
Os ataques descritos no relatório ocorreram em três regiões no sul da Ucrânia, perto da linha de frente e no rio Dnipro, em um período de mais de um ano.
A Rússia nega ter os civis na Ucrânia como alvo intencional, embora suas forças tenham matado milhares deles desde que colocaram em prática uma invasão em grande escala há três anos e meio.
O país vizinho também atingiu alvos de infraestrutura civil na Rússia e em regiões da Ucrânia sob controle russo, embora em uma escala muito menor.
Por Reuters
