back to top
Ao vivo
Ao Vivo TMC
InícioMundoSubmarino nuclear, 10 mil soldados e bombardeiros: Porque os...

Submarino nuclear, 10 mil soldados e bombardeiros: Porque os EUA podem atacar a Venezuela?

O comentarista política da TMC, Jamil Chade, explicou que a escalada de tensão que pode virar uma guerra

Na última quarta-feira (15), o presidente dos Estados Unidos Donald Trump confirmou que autorizou operações secretas da CIA na Venezuela e que poderia inclusive ordenar ataques letais contra cartéis de droga que comandam a região. Esse é apenas mais um capítulo da escalada de tensão e de um conflito eminente entre norte-americanos e venezuelanos.

Para o comentarista político da TMC, Jamil Chade, essa tensão começou ainda em agosto quando o governo de Trump mandou navios de guerra, submarinos nucleares e mais de 10 mil militares para o mar do Caribe, região costeira ao território venezuelano.

“São dois movimentos importantes. O da CIA é parte de uma operação que tem sido construída ao longo dos últimos três meses. No mar do Caribe, ou seja, nas portas da Venezuela, os Estados Unidos contam com 10 mil soldados que foram deslocados com barcos de guerra, barcos anfíbios e prontos para qualquer situação”, disse o jornalista.

A alegação do governo norte-americano para um possível ataque seria da luta contra os cartéis de drogas, em especial o de Los Soles, que poderia ser liderado por Nicolás Maduro de acordo com os americanos. Os EUA também bombardearam navios considerados para uso do “trafico de drogas”. Existe também uma recompensa de US$ 50 milhões para informações que ajudem na prisão do presidente venezuelano.

“Oficialmente é para lutar contra o narcotráfico, mas olha só que curioso: os barcos que saem com a droga e vão da América do Sul para os Estados Unidos vão pelo Oceano Pacífico na maioria das vezes, não pelo mar do Caribe. Ou seja, se fosse pra colocar barcos de guerra para lutar contra o narcotráfico, o lugar estaria errado. Vários desses barcos foram transferidos do oriente médio para o Pacífico. Barcos de Guerra, não estamos falando aqui de frotas diferentes e sim de guerra”, completou Chade.

Jamil entende que existe também um movimento político com países membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para desarticular um possível apoio aos venezuelanos.

“O segundo aspecto é a ofensiva diplomática que os EUA tem feito principalmente para impedir que na América Latina exista algum tipo de resposta conjunta contra qualquer tipo de invasão. Nas últimas semanas, a CELAC foi incapaz de chegar a um acordo entre todos seus membros sobre o assunto. Você teve um racha com A Argentina e o Paraguai agindo em instituições internacionais em nome dos EUA e defendendo a posição americana, disse o especialista em política”.

REFLEXOS PARA O BRASIL

Para Jamil Chade, a tensão está muito próxima de virar um conflito com grandes consequências para o Brasil.

“Talvez não uma invasão, mas (10 mil homens) é suficiente para servir de apoio a eventuais ataques aéreos ao território venezuelano. Um problema na Venezuela significa um problema no Brasil. Se tiver uma guerra na Venezuela teremos sim um grande fluxo de refugiados no Brasil. O outro impacto se refere a instabilidade da América do Sul”, destacou.

De acordo com o The New York Times, o principal objetivo das movimentações de Trump seria destitui Maduro do poder. O jornal também destacou que operações letais não estão descartadas e que as ações secretas podem mirar o líder do país sul-americano e seu governo.

Notícias que importam para você

Israel recebe corpo de mais um refém de Gaza em meio a impasse sobre devolução de vítimas

O governo de Israel informou, na madrugada de sábado (horário local), que a Cruz Vermelha entregou o corpo de mais um refém falecido em...

Quem é George Santos, ex-deputado filho de brasileiros que recebeu perdão de Trump

Condenado a sete anos de prisão por fraude e falsidade ideológica, o ex-parlamentar norte-americano teve a pena anulada por Donald Trump

Zelenskiy pede armas, mas Trump fala em paz e sinaliza reaproximação com Putin

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, foi à Casa Branca nesta sexta-feira (17) com um objetivo claro: conseguir armas e apoio militar para continuar...