Há dois anos e meio, uma guerra civil começou entre as Forças de Apoio Rápido (RSF) e o exército sudanês causou fome e desnutrição severa em todo Sudão. Uma vez que os combates se concentraram nessa área, as pessoas foram privadas dos seus meios de estabilidade, aumentando os preços e provocando deslocamentos.
O IPC (Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar), padrão internacionalmente reconhecido para medir a gravidade das crises de fome, apoiada pela ONU, determinou que as cidades estão em situação de fome, embora em dezembro de 2024 já estava confirmada essa situação em Al-Fashir, capital de Darfur do Norte.
Em Al-Fashir um hospital teria sido invadido pela RSF, que tomou a cidade semana passada. Foi confirmado o assassinato de mais de 460 pacientes e seus acompanhantes. A RSF se instalou no local por cerca de 18 meses e durante esse período, os moradores locais relataram que o fornecimento de alimentos foi cortado, o que levou a população a comer ração animal, e ás vezes, peles de animais.
O IPC afirmou que o número total de sudaneses em situação de insegurança alimentar aguda diminuiu 6%, o que representa 21,2 milhões de pessoas, ou 45% da população total, devido à estabilização gradual e à melhoria do acesso no centro do Sudão, região que o exército sudanês assumiu o controle no início do ano.
Os cortes na ajuda internacional e os obstáculos burocráticos dificultam a capacidade das Nações Unidas e de outras agências de ajuda a fornecer alimentos e outros serviços, que agravaram o desafio humanitário.
Conteúdo adaptado da Reuters.
