O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (01/11) que a China abrirá canais de diálogo com a indústria automotiva brasileira para evitar o desabastecimento de chips usados na produção de veículos no país.
Segundo Alckmin, o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, informou que Pequim vai analisar autorizações especiais para exportação de semicondutores a empresas brasileiras afetadas pelo bloqueio de embarques da fabricante Nexperia, subsidiária da chinesa Wingtech.
“Seguindo as orientações do presidente Lula, vamos seguir o caminho do diálogo com nossos parceiros, gerando emprego, renda e oportunidades compartilhadas”, escreveu o vice-presidente na rede social X (antigo Twitter).
O que é a atual crise dos chips?
O problema teve início em outubro, quando o governo da Holanda assumiu o controle da Nexperia, o que levou Pequim a bloquear as exportações da empresa. A medida interrompeu o fornecimento de semicondutores para o setor de autopeças no Brasil, gerando o risco de paralisação das montadoras.
Em nota, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemorou o avanço nas negociações e destacou que o governo chinês “concordou em analisar pedidos de exceção ao embargo”.
A entidade afirmou que as empresas brasileiras poderão solicitar as autorizações por meio da embaixada do Brasil em Pequim ou diretamente ao Ministério do Comércio da China. A licença será concedida caso a caso, após avaliação técnica das autoridades chinesas.
A medida, segundo a Anfavea, pode evitar o desabastecimento de autopeças e garantir a continuidade da produção automotiva no país, um dos setores mais afetados pela escassez global de chips nos últimos anos.
Por Reuters
