O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar, na Malásia (27/10), sobre a reunião que teve com Donald Trump, afirmando que o papo foi “surpreendentemente bom”.
Lula disse que logo não haverá mais problemas entre os dois países e que, se depender de ambos, haverá um acordo bilateral. O petista ainda ressaltou que, para resolver questões difíceis, é fundamental “sentar e conversar pessoalmente”.
Apesar do otimismo, o jornalista Rodrigo Alvarez avaliou que “está muito cedo para a gente comemorar”. Segundo o apresentador do TMC 360, o Japão, um parceiro importantíssimo dos EUA, levou três meses para fechar um acordo que sequer foi vantajoso.
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De acordo com a informação trazida por Alvarez, a sobretaxa japonesa foi reduzida de 25% para 15%, mas o país precisou se comprometer a investir US$ 550 bilhões em empresas americanas.
Alvarez também ressaltou que a volta do diálogo à normalidade é altamente positiva para o Brasil, independentemente de quem seja o presidente. Conforme explicou, não se deve atribuir a Lula a responsabilidade pela taxação, pois Trump disparou uma “metralhadora de tarifas” para o mundo inteiro, afetando até a China.
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Ainda assim, Alvarez lembrou que a presença de um deputado de oposição nos EUA piorou a situação brasileira, levando a sanções. O parlamentar em questão é Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Alvarez, o setor empresarial tem pressa, mas a resolução da pauta longa não será fácil nem rápida. O jornalista encerrou o comentário alertando que Trump “nem disse o que ele quer” e que, quando as exigências vierem, a expectativa é de que “vem coisa grande”.
