Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioTMC Rio de JaneiroComplexo do Alemão volta a ter tiroteios após megaoperação...

Complexo do Alemão volta a ter tiroteios após megaoperação que deixou 64 mortos no Rio

Governo do estado pede transferência de dez presos para presídios federais; clima continua tenso nas zonas Norte e Sul

O Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, voltou a registrar tiroteios no fim da tarde e início da noite desta terça-feira (28/10), horas após a megaoperação policial que deixou ao menos 64 mortos.

Até o momento, não há informações sobre novos feridos ou prisões, mas vídeos que circulam nas redes sociais mostram disparos e correria em diferentes pontos da comunidade. A Polícia Militar segue com equipes posicionadas na região para tentar conter os confrontos e evitar novas ocorrências.

Segundo Fernanda Almeida, repórter da TMC no Rio, a madrugada deve ser de tensão e apreensão para os moradores das comunidades afetadas.

Cláudio Castro pede transferência de dez presos

Em meio ao cenário de violência, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou que solicitou ao governo federal a transferência de dez criminosos apontados como mentores dos ataques e das ações orquestradas a partir de dentro dos presídios estaduais.

De acordo com o governador, relatórios das polícias Civil e Penal identificaram lideranças de facções criminosas que estariam ordenando as ações violentas de dentro das cadeias.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou que autorizou o envio dos detentos para presídios federais de segurança máxima, o que deve ocorrer ainda nesta semana.

Governo monitora situação e mantém forças nas ruas

Durante a madrugada, Cláudio Castro afirmou que a polícia continuará nas ruas para evitar novos episódios de violência e garantir a segurança da população.

Apesar do reforço policial, novos confrontos foram confirmados no Complexo do Alemão. Moradores relatam que os disparos voltaram a ser ouvidos ainda durante a noite, especialmente nas áreas mais próximas à Penha.

Transporte volta ao normal, mas tensão permanece

Os principais sistemas de transporte público — metrô, trens, barcas, VLT e BRT — operam normalmente, segundo informações das concessionárias. Não há mais registros de filas, bloqueios ou interrupções.

No entanto, a prefeitura do Rio ainda não confirmou como será o funcionamento de escolas, clínicas e postos de saúde nesta quarta-feira (29). A expectativa é de que o clima de incerteza continue ao longo do dia.

Entenda o caso

A Operação Contenção, deflagrada nesta terça-feira (28) pelas polícias Civil e Militar, teve como alvo 26 comunidades nos complexos da Penha e do Alemão, com o objetivo de conter o avanço do Comando Vermelho na região.

Considerada uma das maiores ações de segurança pública do ano, a operação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e contou com o apoio do Ministério Público Estadual.

Durante os confrontos, 64 pessoas morreram, entre elas dois policiais civis e dois policiais militares.

O episódio teve forte repercussão política. O governador Cláudio Castro afirmou que o Rio está “sozinho” no combate ao crime organizado, enquanto o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu as declarações e garantiu que todos os pedidos do governo fluminense foram atendidos.

MAIS LIDAS

Notícias que importam para você

Rio amanhece sem vias obstruídas após chuva de tiros, bombas e morte de ao menos 64

Operação mobilizou as polícias Civil e Militar contra criminosos do Comando Vermelho, nos complexos da Penha e do Alemão

Lula sanciona lei que endurece combate ao crime organizado diante da crise no Rio

Artigo no Código Penal brasileiro também foi alterado para aumentar pena de quem contrata delitos de organizações criminosas

O que é a “Operação Contenção”, que mobiliza a polícia e MP no combate ao crime organizado?

Governo do Estado mobilizou 2.500 policiais civis e militares em operação conjunta com promotores do Ministério Público Estadual

Mais de 80% dos moradores de favelas do Rio apoiam megaoperação, segundo pesquisa

Maioria dos moradores de favelas aprova a operação mais letal da história do Rio, segundo pesquisa AtlasIntel