A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quarta-feira passada (29/10) o projeto de lei que vai reajustar o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) nos próximos anos. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) deve sancionar a lei nos próximos dias.
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O reajuste se tornou polêmico porque consiste na atualização da Planta Genérica de Valores (PGV), referência para definir o valor venal dos imóveis. Essa mudança acontece a cada quatro anos, coincidindo com 2026.
Na prática, o aumento do valor do IPTU será maior do que a média, o que já vem preocupando os paulistanos. Os valores, contudo, só serão conhecidos entre janeiro e fevereiro, quando começam a ser distribuídos os boletos.
Mas o vereador Celso Giannazi (PSOL) se antecipou ao fazer um levantamento, não oficial, e constatou que quase metade dos contribuintes (49,87%) vão enfrentar aumentos de 20% a 40%. Reajustes acima de 40% atingirão 16,80% dos moradores da capital.
Há casos extremos, como o de Jaraguá-Pirituba, na zona norte, com elevação estimada em 91%. Na outra ponta, 0,24% vai contar com reduções no imposto.
Em Marsilac, no extremo sul do município, a queda do valor do IPTU pode chegar a 53%.
AUMENTOS PARCELADOS
Os reajustes do IPTU serão efetuados ao longo dos próximos anos, devido às travas que a legislação impõe à Prefeitura de São Paulo. Para imóveis residenciais, o limite é de 10% para os aumentos em apenas um ano. No caso de imóveis comerciais, o teto é de 12%.
Assim, se uma casa receber reajuste de 50%, o contribuinte enfrentará aumentos de 10% em seu IPTU pelos próximos cinco anos.
Confira abaixo os bairros com os maiores reajustes do IPTU:
Jaraguá/Pirituba: 91,02%
Itaim Bibi: 75,03%
Perus: 64,14%
Anhanguera: 61,91%
Barra Funda: 57,38%
Jardim Ângela: 56,98%
Pinheiros: 50,73% a 69,21%
