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Morre Chen-Ning Yang, físico chinês vencedor do Nobel que desafiou as leis da física

Laureado em 1957, cientista revolucionou a compreensão sobre partículas elementares e foi um dos nomes mais influentes da física moderna.

O físico chinês Chen-Ning Yang, um dos mais importantes cientistas do século 20 e vencedor do Prêmio Nobel de Física, morreu aos 103 anos, segundo informou neste sábado (19) a imprensa estatal da China.

A emissora CCTV informou que Yang morreu em decorrência de complicações de saúde. Ele foi professor na Universidade Tsinghua, em Pequim, onde também atuava como reitor honorário do Instituto de Estudos Avançados.

Yang dividiu o Nobel de Física de 1957 com o também teórico Tsung-Dao Lee, por seus estudos sobre as leis de paridade, que mudaram de forma definitiva o entendimento da estrutura das partículas elementares — os blocos fundamentais da matéria.

O comitê do Nobel destacou, na época, “a investigação profunda que levou a descobertas cruciais sobre as partículas elementares”, reconhecendo o impacto duradouro de suas teorias na física moderna.

Uma mente brilhante desde cedo

Nascido em 1922, na província chinesa de Anhui, Yang cresceu no campus da Universidade Tsinghua, onde seu pai lecionava matemática. Era o mais velho de cinco irmãos e, ainda adolescente, costumava dizer aos pais:

“Um dia, quero ganhar o Prêmio Nobel.”

Ele concretizou o sonho aos 35 anos, após publicar, ao lado de Lee, o trabalho que o tornaria uma das figuras mais respeitadas da ciência.

Yang formou-se em Ciências pela Universidade Nacional do Sudoeste, em Kunming, em 1942, e concluiu o mestrado em Tsinghua antes de seguir para os Estados Unidos, com uma bolsa da mesma instituição.

Em Chicago, estudou sob orientação do renomado físico Enrico Fermi, criador do primeiro reator nuclear do mundo.

Contribuições e legado

Durante sua carreira, Chen-Ning Yang trabalhou em diversas áreas da física, com especial interesse em mecânica estatística e princípios de simetria — fundamentos que continuam essenciais para a física teórica.

Além do Nobel, recebeu o Prêmio Comemorativo Albert Einstein em 1957 e um doutorado honorário pela Universidade de Princeton, em 1958.

Yang foi também um símbolo de cooperação científica entre a China e o Ocidente, tendo voltado a lecionar em Pequim após décadas nos Estados Unidos.

Vida pessoal

Yang se casou em 1950 com Chih Li Tu, com quem teve três filhos. Após a morte dela, em 2003, casou-se novamente com Weng Fan, mais de 50 anos mais jovem.

Os dois se conheceram em 1995, quando ela era estudante em um seminário de física. Anos depois, retomaram o contato e se casaram em 2004. Na época, Yang descreveu o relacionamento como sua “bênção final de Deus”.

Um gênio que atravessou séculos

Aos 103 anos, Chen-Ning Yang deixa um legado científico que continua a moldar a física contemporânea. Seu trabalho sobre simetria e paridade transformou a compreensão sobre o comportamento da matéria e das forças fundamentais do universo.

Por BBC

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