A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e propaganda de todos os lotes da marca Vibe Coffee após processo de inspeção sanitária no qual identificou irregularidades graves no produto.
A empresa identificou ausência de licença sanitária, falhas em rastreabilidade, insuficiência de procedimentos operacionais padrão, condições de higienização inadequadas e outros aspectos vinculados à segurança do alimento.
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A vigilância sobre marcas de café foi intensa a ponto da Anvisa proibir outras cinco marcas de café apenas em 2025, a Vibe Coffee entra como sexta na lista. As outras marcas são:
Melissa
Em junho, a marca de café foi considerada ruim para o consumo. A Anvisa constatou que a bebida contém toxina ocratoxina que para a empresa é prejudicial à saúde humana.
De acordo com o portal gov.br, o produto classificado como “pó para preparo de bebida sabor café”, apresenta matéria-prima imprópria para consumo e falhas nas boas práticas de fabricação, como ausência de controle de qualidade e de seleção adequada de insumos.
A rotulagem também induzia o consumidor ao erro, ao se assemelhar visualmente a embalagens de café torrado e moído.
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Pingo Preto
Em junho de 2025 o Pingo Preto também se juntou à marca Melissa pelas mesmas razões. Fiscalizações conduzidas pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária Mapa) e pela Anvisa mostraram que o produto também vendido como “pó para preparo de bebida sabor café”, utilizava resíduos da lavoura em sua formulação impróprio para consumo humano.
Os exames na época também confirmaram a presença da ocratoxina A, e a agência destacou que o produto não atendia aos requisitos mínimos de higiene e segurança alimentar previstos em norma.

Café Oficial
No mesmo mês, Oficial foi enquadrado na mesma categoria dos chamados “cafés falsos”, uma vez que não se tratava de café torrado e moído, mas de um composto aromatizado.
A Anvisa emitiu a suspensão após identificar contaminação do produto acabado e deficiências graves nas boas práticas de fabricação, além de rotulagem enganosa. Além disso, o produto é irregular e não tem comprovação de segurança para o consumo.
Câmara
Um pouco mais tarde, em setembro, a Anvisa proibiu a comercialização de outra marca de café, chamada de Câmara. Houve a detecção de fragmentos semelhantes a vidro em amostras analisadas.
Além do risco físico à saúde, o produto não possuía origem e procedência comprovadas, o que viola normas de rastreabilidade de alimentos.
A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) confirmou que o selo de pureza exibido na embalagem era falso e isso reforçou a decisão de retirada imediata do mercado.
Fellow Criativo (Cafellow)
Em outubro de 2025, o produto Fellow Criativo, da empresa Cafellow, foi suspenso por conter extrato do cogumelo Agaricus bisporus, ingrediente que não possui avaliação de segurança para uso em alimentos no Brasil.
A empresa fez alegações terapêuticas sem comprovação científica, como promessas de controle da insulina e redução do colesterol.
A Anvisa considerou o produto irregular e potencialmente enganoso, pois poderia levar o consumidor a acreditar que se tratava de café tradicional.
Como saber que o café que estou tomando é falso?
A Anvisa e Abic orientam que os consumidores possam identificar o tipo de café que estão consumindo a partir de três fatores principais que fazem o café ser o café verdadeiro. A bebida deve conter apenas grãos torrados e moídos de Coffea arabica ou Coffea canephora, conforme determina a Resolução RDC nº 277/2005 da Anvisa.
Caso o rótulo traga termos como “mistura para bebida sabor café”, “pó para preparo de café” ou “bebida aromatizada”, o produto não é café puro, e sim uma formulação alimentícia.
A ABIC orienta os consumidores a conferir se o produto possui o Selo de Pureza, que garante que o café passou por análise laboratorial e está livre de impurezas ou misturas. O selo certifica a qualidade que atesta que o café é 100% puro e sem adulteração, conforme detalhado.
