Se o Brasil fosse um país na época bíblica, seguramente Deus teria jogado um dilúvio sobre nós. O país está à deriva. Um exemplo claro é o INSS. Os aposentados sofrem, inclusive tendo que provar que estão vivos, porque pode haver fraude. Muitas vezes, o aposentado debilitado precisa provar a própria existência e a família precisa lidar com isso.
O Brasil tem um mecanismo que tritura o cidadão comum, que vive sob ameaça constante de ser acusado de fraude. Enquanto isso, no andar de cima, roubam os aposentados. Há gente que não pode ser sequer interrogada como outras pessoas, porque tem costas quentes.
Digo que o Brasil é governado por delinquentes. Enquanto os mortais comuns sofrem para ter uma aposentadoria miserável, existe gente que organiza esquemas para roubar dinheiro desses aposentados e faz milhões de reais às custas de saques fraudulentos sobre uma pequena aposentadoria. Como não ter vergonha do país? É difícil ver alguém ainda falar de nacionalismo ou patriotismo diante desse quadro.
Há casos adicionais que mostram delinquência em alto nível. Recentemente, numa escola estadual em Salvador, na Bahia, três alunos de cerca de 12 anos foram pegos tentando envenenar a professora de matemática e a de inglês, com medo de reprovação. Tentaram colocar chumbinho em balas que elas comeriam. Foram entregues por colegas, o que mostra que ainda existe alguma noção em alguns.
Esse tipo de caso se soma a outras situações, como a falação sobre COP30 amazônica, quando, na realidade, a Amazônia está na mão de criminosos em grande parte. Toda a política brasileira e o governo se transformaram em uma palhaçada. Como não ter vergonha do país?
Essa é, para mim, a pergunta central agora. O que é possível fazer para que o país se livre da canalha que manda enquanto os mortais sofrem? E ao mesmo tempo, vejo um processo de desgaste das relações morais cotidianas, sem ninguém que consiga mais limitar o comportamento de jovens criminosos.
