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“Fábrica de Pix”: Polícia Federal investiga fraude em lotéricas; entenda

Empresário suspeito de simular pagamentos via Pix transferia valores para contas de terceiros

Na última terça-feira (04), a Polícia Federal iniciou oficialmente a operação chamada “Fábrica de Pix” para investigar um esquema de simulação de pagamentos em sistemas de casas lotéricas em Jundiá, no Rio Grande do Norte. A fraude causou um prejuízo estimado em R$ 3,7 milhões, segundo informações oficiais da PF.

Segundo a Polícia Federal, o caso começou a ser investigado após a prisão em flagrante de um empresário lotérico, suspeito de simular centenas de pagamentos na Lotérica de Jundiá e de transferir os valores obtidos ilegalmente para contas de terceiros em diferentes instituições financeiras.

As autoridades federais afirmam que a operação busca não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também recuperar os recursos desviados. Para isso, foram adotadas medidas judiciais, incluindo bloqueio de bens e afastamento do sigilo bancário de pessoas envolvidas no esquema.

Lula reúne ministros no Alvorada e discute operação policial no Rio | Imagem: Valter Campanato-Agência Brasil

A Caixa Federal no meio de polêmicas

Essa não é a primeira vez, ainda no primeiro semestre de 2025, em meio às polêmicas de influenciadores na CPI das Bets, a Caixa anunciou que faria a própria casa de jogos online. A ideia inicial era uma forma de diversificar fontes de receita em meio a queda nos resultados das loterias tradicionais que são operadas pelo banco público.

Em outubro de 2025, o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, afirmou que a plataforma estará no ar até novembro. Porém a oposição não viu a demanda com bons olhos.

Segundo o TecMundo, a plataforma do banco vai operar tanto no meio digital quanto em lotéricas físicas, integrando os dois canais, com requisitos rígidos de cadastro, pagamento somente por meios eletrônicos como PIX, TED ou cartão.

Aposta da Caixa Econômica Federal vira “escárnio com o povo”, diz Eduardo Girão

Em outubro, no plenário do Senado Federal, o senador Eduardo Girão, do Partido Novo, criticou a intenção da Caixa Econômica Federal de lançar uma plataforma de apostas esportivas on-line (bets), afirmando tratar-se de “escárnio com o povo brasileiro”.

Girão, em conjunto com o senador Cleitinho (Republicanos-MG), protocolou representação no Tribunal de Contas da União (TCU) e questionou a legalidade da iniciativa. Ele enfatizou que milhões de beneficiários de programas sociais já teriam usado pagamentos via Pix para apostas on-line, e que essas plataformas estariam sendo usadas para lavagem de dinheiro por facções criminosas.

Lula cobra explicações

Segundo o Money Times, a Caixa Econômica Federal decidiu adiar o lançamento de sua plataforma de apostas on‑line. Lula pediu esclarecimento ao banco sobre o cronograma, de funcionamento e impactos da iniciativa, após críticas da oposição ao projeto.

A decisão foi tomada para evitar desgastes políticos ao governo federal e priorizar outros programas de forte apelo social, como a reforma de moradias com orçamento de R$ 40 bilhões.

A orientação partiu da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). A bet da Caixa estava planejada para começar a operar em 2026, com expectativa de gerar arrecadação de R$ 2,5 bilhões.

Como funcionam as lotéricas no Brasil?

As casas lotéricas no Brasil funcionam sob concessão da Caixa Econômica Federal, o que significa que empresários privados recebem autorização para operar os estabelecimentos.

De acordo com o Ministério da Fazenda, os concessionários são responsáveis pelo atendimento ao público, recebimento de pagamentos, emissão de bilhetes e movimentações financeiras diárias, mas devem seguir rigorosamente as normas e sistemas definidos pelo banco público.

A Caixa define os sorteios, premiações e até a forma de controle financeiro

Em casos de fraude, como a investigada na Operação Fábrica de Pix em Jundiá/RN, a responsabilidade administrativa e regulatória é do banco, mesmo que a execução prática da fraude tenha sido feita pelo concessionário local.

Isso ocorre, porque mesmo que sejam concessionários, a administração, fiscalização, apoio e principalmente o aval da operação é permitido pela Caixa.

Leia também: Indústrias pedem taxação de bets para financiar saúde e educação

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