Um tribunal francês divulgou nesta quinta-feira (06/11) um relatório expondo a neglicência da administração do Louvre. O documento critica a liderança da instituição por priorizar projetos de renovação estética e aquisições de alto valor simbólico em detrimento de investimentos básicos em segurança, uma escolha que, segundo especialistas, abriu brechas para o roubo que chocou a França.
Desde o roubo, vieram à tona informações mostrando que essas falhas de segurança já eram conhecidas há anos. Um relatório anterior da agência francesa de segurança da informação (ANSSI), confirmava que a senha do servidor das redes de câmeras de segurança do museu era simplesmente “LOUVRE”.
O resultado dessa neglicência foi uma ação criminosa cinematográfica. Após chegarem ao muro externo do Louvre, os ladrões escalaram o prédio e arrombaram uma janela. Só então os alarmes internos foram acionados. Quatro minutos depois, após arrombarem uma vitrine reforçada e levarem nove peças de joias históricas, os ladrões já estavam fugindo.
“As fragilidades na proteção do nosso perímetro são conhecidas e identificadas”, afirmou a diretora do Louvre, Laurence des Cars, a parlamentares após o assalto.
A curadora geral francesa do patrimônio e historiadora da arte, ainda afirmou aos senadors franceses que pretende dobrar o número de câmeras de segurança aos redores e dentro do Louvre nos próximos anos.
