O mundo do rock perdeu neste sábado (18/10) um de seus nomes mais influentes dos anos 2000. Sam Rivers, baixista e um dos fundadores do Limp Bizkit, morreu aos 48 anos. A informação foi confirmada pelas redes oficiais da banda, que publicou uma homenagem ao músico. A causa da morte não foi divulgada.
Rivers enfrentava há anos problemas de saúde decorrentes de uma doença hepática, consequência do consumo excessivo de álcool. O quadro o levou a realizar um transplante de fígado e a se afastar temporariamente da banda entre 2015 e 2018.
Um dos pilares do nu metal
Nascido na Flórida, Sam Rivers fundou o Limp Bizkit em 1994 ao lado do vocalista Fred Durst. Foi ele quem apresentou o primo, o baterista John Otto, a Durst, ajudando a consolidar a formação clássica do grupo — completada mais tarde pelo guitarrista Wes Borland e pelo DJ Lethal.
Com apenas 19 anos, participou da gravação do álbum de estreia, Three Dollar Bill, Y’all (1997), que projetou a banda internacionalmente e abriu caminho para o sucesso de discos como Significant Other (1999) e Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000).
O músico também mostrou versatilidade ao tocar guitarra em algumas faixas do álbum Results May Vary (2003). Mesmo após o afastamento temporário, seguiu como referência na construção da identidade sonora do Limp Bizkit — uma mistura de rap, metal e energia urbana que marcou uma geração.
Legado
Com seu baixo grave e preciso, Sam Rivers ajudou a definir o estilo que colocaria o Limp Bizkit entre os grandes nomes do nu metal, ao lado de bandas como Korn e Linkin Park. Seu trabalho foi essencial para consolidar um gênero que uniu peso, ritmo e atitude no final dos anos 1990.
A banda afirmou nas redes sociais que Rivers foi o “batimento cardíaco” do grupo e que seu espírito seguirá presente em cada apresentação.
Confira nota completa do Limp Bizkit:
“Hoje perdemos nosso irmão. Nosso companheiro de banda. Nosso batimento cardíaco.
Sam Rivers não era apenas o nosso baixista — ele era pura magia. O pulso sob cada música, a calma no caos, a alma no som.
Desde a primeira nota que tocamos juntos, Sam trouxe uma luz e um ritmo que nunca poderiam ser substituídos. Seu talento era natural, sua presença inesquecível, seu coração enorme.
Compartilhamos tantos momentos — selvagens, silenciosos, lindos — e cada um deles foi mais especial porque Sam estava lá.
Ele era um ser humano único. Uma verdadeira lenda das lendas. E seu espírito viverá para sempre em cada groove, em cada palco, em cada memória.
Nós te amamos, Sam. Estaremos com você, sempre.
Descanse em paz, irmão. Sua música nunca acaba.
— Fred, Wes, John & DJ Lethal.”