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Divórcio após morte? Veja medidas do novo projeto de lei sobre herança

Novo projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados muda regras sobre herança dentro do processo de divórcio

No último dia 7 de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou a decisão final do Projeto de Lei 198/24, que autoriza a continuidade dos processos de divórcio mesmo após o falecimento de um dos envolvidos.

A proposta, apresentada pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), muda o Código Civil para impedir que a morte de um dos cônjuges encerre automaticamente a ação, permitindo que os herdeiros possam continuar com o processo.

O texto foi aprovado de forma conclusiva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), o que dispensa nova votação no plenário. Agora, a proposta segue para análise do Senado Federal.

Casa em miniatura
Novo projeto de lei muda regras sobre herança dentro do processo de divórcio (Foto: Freepik)

Detalhes da proposta

A deputada Maria Arraes (Solidariedade-PE), relatora, destacou que o projeto “protege a autonomia da vontade e evita que situações indesejadas prejudiquem o direito do falecido e de seus herdeiros”, conforme divulgou o portal InfoMoney.

Também de acordo com ela, a medida serve como reflexo de uma evolução jurídica em relação às causas familiares, adaptando a lei à realidade atual.

A proposta cresceu após uma decisão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ocorreu em junho de 2024. Na ocasião, foi reconhecida a possibilidade de finalizar o divórcio mesmo depois da morte de um dos cônjuges, desde que o processo já tivesse sido iniciado.

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Disputas de herança

Assim, o projeto deve corrigir uma situação que gera insegurança jurídica há muitos anos. Dentro das leis atuais, se um dos cônjuges morre antes da decisão, o processo é encerrado. A outra pessoa envolvida continua sendo considerada viúva, tendo direito à herança.

Muitos casais se separam de fato, mas não formalizam o divórcio. O projeto vem justamente para evitar esse tipo de problema.

Com a decisão de ambos, o juiz poderá reconhecer o pedido e decretar o divórcio, garantindo uma divisão de bens mais justa. Quando existe uma intenção formal de se divorciar, a relação patrimonial já deixa de existir. O projeto deve reconhecer essa realidade.

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Quais os impactos da nova lei de divórcio?

A mudança também deve causar impacto nos inventários e nas disputas entre herdeiros, já que permite que a data da separação seja considerada no cálculo.

A mesma ideia deve funcionar em relação às uniões estáveis, que passam pelas mesmas incertezas patrimoniais quando acontece o falecimento de um dos parceiros antes da conclusão da ação.

O projeto de lei agora segue para o Senado Federal, onde será analisado pelas comissões temáticas antes de caminhar para a votação.

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Caso seja aprovado sem nenhuma alteração, o texto será enviado à sanção presidencial. Assim que for promulgada, a nova lei entrará em vigor imediatamente, favorecendo pessoas que já estão com seus respectivos processos de divórcio em andamento.

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